11 de janeiro de 2013

Ala do PPS não quer receber Serra como candidato ao Planalto





Apesar de o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), dizer que receberá o ex-governador José Serra (PSDB) "de braços abertos" caso ele queira se filiar ao partido, há uma ala que rejeita a hipótese de o tucano se tornar o candidato da legenda à Presidência em 2014.
A avaliação de alguns membros do PPS é a de que Serra, que já perdeu duas disputas ao Planalto para o PT, é um nome já desgastado.
"O Serra é um retrocesso do ponto de vista de uma política inovadora que o PPS está buscando", disse o vereador de São Paulo Ricardo Young, para quem o tucano representa a "velha política".
Ex-integrante do PV e ligado ao Movimento da Nova Política, da ex-senadora Marina Silva (sem partido), Young defende que o PPS coligue com um eventual novo partido de Marina ou participe da criação de uma nova legenda que agregue o grupo dela.
"O Serra acabou de sair de uma disputa presidencial. Não teria sentido ele ser preterido no PSDB e virar candidato do PPS", disse o deputado federal Arnaldo Jordy (PA).
"Não há um projeto presidencial para o Serra dentro do partido", afirma o vereador de Recife e ex-deputado Raul Jungmann (PE).
Serra avalia trocar de partido para viabilizar sua candidatura à Presidência, já que a tendência é que o candidato do PSDB seja o senador Aécio Neves (MG).
A possível ida do ex-governador para o PPS foi apresentada pelo presidente da sigla durante encontro nacional anteontem em São Paulo.
Uma avaliação dentro do partido é que a transferência de Serra seja uma bandeira pessoal de Roberto Freire, amigo do tucano. Freire nega, entretanto, que haja resistência ao nome do ex-governador.
O deputado também afirma que a ida de Serra não deve ser condicionada à candidatura dele à Presidência, mas não descarta a hipótese.
Outras opções consideradas pelo PPS para 2014 são apoiar o próprio adversário interno de Serra, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), ou o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), numa tentativa de rachar a base do governo Dilma.
Um comitê de articulação abrirá frentes de diálogo com os quatro nomes levantados. (Patrícia Britto)

Fonte – Folha de S. Paulo

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