Quando todos forem julgados, sem que se veja a cor do
partido, aí sim o Brasil passará por uma faxina histórica, erradicando boa
parte de toda a corrupção abafada por mais de 500 anos
Com muitos mais
indícios incriminatórios, desvio de verba
pública para campanha
de Azeredo passa
longe da mídia e do
STF (AgCâmara)
|
Assumida durante o julgamento da Ação Penal 470,
chamada de 'caso mensalão', a nova postura do STF, em que um conjunto de indícios
são suficientes para condenar sem provas (e desconsiderar contraprovas trazidas
para a defesa), exige a imediata instalação da CPI da Privataria Tucana, até
para não deixar prescrever os crimes ainda puníveis.
Na época de FHC, o “engavetador-geral da
República”, Roberto Gurgel, barrava todas as investigações por "falta de
provas", apesar dos robustos indícios, com todas as características que
gerariam provas com um mínimo de investigações.
É só instalar a CPI, juntar nos autos o livro
"A Privataria Tucana", a escritura da casa de José Serra, quebrar o
sigilo bancário da turma toda, colher o testemunho do deputado Protógenes
(PCdoB) sobre as investigações que começou e não pôde concluir, requisitar ou
autos da CPI do Banestado e os arquivos da Operação Satiagraha.
Por que não cobrar também o julgamento do
processo em que Serra responde por atos praticados ainda no governo FHC e que
se arrasta até hoje? Em termos de réus ilustres supera o chamado
"mensalão", e em termos de valores também, além de ser bem mais
antigo, pois se arrasta desde 2003.
Não é um processo qualquer. Trata-se do rombo no
Banco Econômico, socorrido com R$ 3 bilhões no âmbito do Proer, quando Serra
era ministro do Planejamento. São réus também praticamente toda a equipe
econômica do governo FHC, incluindo o ex-ministro Pedro Malan, o ex-ministro e
banqueiro Ângelo Calmon de Sá e os ex-presidentes do Banco Central Gustavo
Loyola e Gustavo Franco.