31 de julho de 2012

Gilmar Mendes admite dois voos em aviões cedidos por Demóstenes


Mariângela Galucci, de O Estado de S. Paulo –

Ministro do STF nega, no entanto, que tenha viajado em aeronaves de Carlinhos Cachoeira
Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse nesta terça-feira, 29, que nunca voou em avião de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, mas que por duas vezes viajou em aeronaves cedidas pelo senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). As duas viagens, segundo Mendes, foram de Brasília para Goiânia e realizadas em aviões de uma empresa de táxi aéreo chamada Voar.
Mendes afirmou ter viajado para participar de um jantar e de uma formatura, em 2010 e 2011. Nas duas ocasiões, o ministro Dias Toffoli também estava no avião, de acordo com Mendes. Em uma das viagens, também estava Jobim e na outra, a ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
“Vamos dizer que o Demóstenes me oferecesse uma carona num avião se ele tivesse. Teria algo de anormal?”, perguntou Mendes, numa sinalização de que não haveria problemas.
Indagado sobre o fato de o ex-ministro Nelson Jobim não ter confirmado a suposta tentativa de Lula de intimidá-lo, Mendes respondeu: “Se eu fosse Juruna eu gravava a conversa, né? Ficaria interessantíssimo.” “Estou dizendo a vocês o que ocorreu. Posso ter uma interpretação errada, é um relato de uma conversa de quase duas horas. Mas os senhores sabem de uma coisa: eu não tenho a tradição de mentir. Eu posso até interpretar os fatos, mas os senhores não me viram me desmentindo ao longo da minha carreira”, declarou.
Mendes contou que não tem falado com Demóstenes, de quem era amigo. Ele disse que antes do escândalo o senador parecia ser uma pessoa diferente.
O ministro se disse ainda vítima de uma tentativa de desmoralização do tribunal por causa do julgamento do mensalão. Por várias vezes repetiu: “Isso é coisa de bandido”, e afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria envolvido na divulgação dessas “mentiras” – segundo palavras do ministro. As declarações foram dadas nesta terça, no momento que Gilmar Mendes chegava à sala onde são realizadas sessões de julgamento do STF.

PS do Viomundo:  Quem pagou pelos dois voos cedidos por Demóstenes Torres a Gilmar Mendes? Teria sido o próprio Demóstenes? Se não, quem?

Fonte – Blog VIOMUNDO

Homem pede autógrafo a Serra no livro "A Privataria Tucana"

Márcio Thomaz Bastos oficializa saída do caso Cachoeira


CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA

O escritório do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos deixou nesta terça-feira (31) oficialmente a defesa do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A saída será protocolada no processo sem pronunciamento formal.
A detenção de Andressa Mendonça, noiva de Cachoeira, foi o estopim. Mas a crise já se alongava durante semanas.
Thomaz Bastos já estava fora do caso há duas semanas. Uma advogada da equipe, Dora Cavalcanti, afirmou que durante a defesa de Cachoeira surgiram "atritos naturais" e que a relação entre empresário e advogados foi desgastada.
"A saída do caso foi amigável. Nosso acordo era defender o empresário Carlinhos Cachoeira apenas até a audiência da semana passada. Fui uma saída natural", disse a advogada à Folha.
Segundo advogados da equipe, não há previsão de pagamento por ressarcimento ao réu.
Inicialmente, a estimativa era que o ex-ministro tenha cobrado R$ 15 milhões para fazer a defesa do empresário.

Fonte Folha de S. Paulo

Ministério Público confirma autenticidade da lista de Furnas

 Amaury Ribeiro Jr. - Do Hoje em Dia

Ministério Público denuncia 'mensalão' de Furnas

A procuradora da República no Rio Andrea Bayão Ferreira denunciou o ex-diretor de Planejamento de Furnas, Dimas Toledo, e um grupo de empresários e políticos acusados de participarem da chamada Listas de Furnas – a caixinha de campanha clandestina que funcionou na empresa estatal durante o governo de FHC. A denúncia reúne um arsenal de documentos da Polícia Federal e da Receita Federal que, além de atestar a veracidade, comprova a existência de um "mensalão" organizado por Dimas na estatal.
De acordo com a procuradora, o mensalão de Furnas provocou o enriquecimento de funcionários públicos, empresários e lobistas, acusados de alimentarem os financiamentos ilegais de campanha políticas dos tucanos e de seus aliados com o dinheiro público. Segundo a denúncia, o esquema era custeado pelos contratos superfaturados assinados pela estatal com duas empresas : a Toshiba do Brasil e a JP Engenharia Ltda. As duas foram contratadas sem licitação pública para realizar obras no Rio . " O diretor Dimas Toledo reproduziu, em Furnas, o esquema nacional que ficou conhecido como ' mensalão' – um esquema de arrecadação de propina – na ordem de milhões, custeado mediante o superfaturamento de obras e serviços", diz a procuradora na denúncia.
A lista
A lista de Furnas, assinada pelo próprio Dimas Toledo, traz o nome de políticos que receberam doações clandestinas de campanha da empresa estatal em 2002. Entre os beneficiados estão os ex-governadores de São Paulo e de Minas Gerais, e outros 150 políticos.
Réus confessos

Caixa 2 tucano de Furnas

 Veja quanto cada político recebeu nas eleições de 2002. Dinheio vindo de Furnas e recebido como Caixa 2. Clique no LINK abaixo para ir ao blog com todos os nomes e documentos.


http://caixadoistucanodefurnas.blogspot.com.br/

Paulo Teixeira: Chegou a hora da Veja


Por Altamiro Borges

Em seu twitter, o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) postou hoje duas mensagens animadoras para os que lutam contra as manipulações da mídia demotucana. Na primeira, ele simplesmente registrou: "Andressa, mulher de Cachoeira, tenta chantagear juiz com dossiê feito por Policarpo Jr. da revista Veja". Na segunda, ele concluiu de forma taxativa: "Chegou a hora da CPI convocar o Policarpo da Veja".
O jovem deputado é um dos mais ativos integrantes da CPI do Cachoeira. As suas mensagens sinalizam que pode ter chegado ao fim a impunidade da revista Veja, com as suas capas terroristas, as suas "reporcagens" sensacionalistas e os seus assassinatos de reputações por motivos comerciais e políticos. A operação Monte Carlo da PF já havia comprovado os vínculos da publicação com o crime organizado. Mesmo assim, a CPI resistia em convocar o editor da Veja, Policarpo Jr., e seu capo, Bob Civita, para prestar esclarecimentos.

"O senhor conhece o Policarpo?"

Agora, com a denúncia do juiz Alderico Rocha de que a mulher do mafioso Cachoeira tentou chantageá-lo, não dá mais para evitar a convocação dos dois chefões da Veja para depor na CPI. Segundo o magistrado declarou ao portal G1, Andressa o procurou na quinta-feira passada com a seguinte ameaça: “Doutor, tenho algo muito bom para o senhor. O senhor conhece o Policarpo Júnior? O Carlos contratou o Policarpo para fazer um dossiê contra o senhor. Se o senhor soltar o Carlos, não vamos soltar o dossiê".
O relato, segundo Paulo Teixeira, confirma que "chegou a hora da CPI convocar o Policarpo da Veja". Não há mais desculpas para evitar o seu depoimento e também o do seu dono, Bob Civita. É lógico que a mídia demotucana tentará rapidamente abafar o caso. Um exemplo é o do Jornal das Dez, da Globo News, que nesta noite simplesmente omitiu que a chantagem  teve como base um dossiê escrito pelo editor da Veja. A comentarista Renata Lo Prete, metida a paladina da ética, nem citou a denúncia do juiz referente à revista.
Os integrantes da CPI do Cachoeira não podem cometer esse mesmo crime de omissão da verdade!

Fonte – Blog do Miro

Policarpo, Andressa e a Veja na CPI


Por Altamiro Borges
http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/

O portal G1, da insuspeita Organizações Globo, publicou hoje uma notícia que pode alterar os rumos das investigações da  CPI do Cachoeira. Caso a informação seja confirmada, os parlamentares não terão mais como escapar da obrigatória convocação de Roberto Civita, dono do Grupo Abril, para depor sobre os vínculos da revista Veja com o crime organizado. Reproduzo abaixo os principais trechos da notícia:

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Juiz afirma que mulher de Cachoeira tentou chantagem para soltar bicheiro

Versanna Carvalho, do G1 - GO
O juiz federal Alderico Rocha Santos afirmou ao G1 nesta segunda-feira (30) ter sido chantageado por Andressa Mendonça, mulher do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Santos é responsável pelo processo da Operação Monte Carlo na Justiça Federal, que culminou na prisão do bicheiro em fevereiro.
Segundo o magistrado, Andressa o procurou na quinta-feira (26) afirmando que teria um dossiê contra ele e, em troca da não-publicação, teria pedido um alvará de soltura para Cachoeira.
O juiz diz ter encaminhado ao Ministério Público um papel com nomes escritos por Andressa e imagens de sua entrada e saída no prédio da Justiça Federal.

(...)

Conforme relatou o juiz ao G1, na versão de Andressa, o dossiê teria sido produzido a pedido de Cachoeira pelo jornalista Policarpo Júnior, repórter da sucursal da revista "Veja", em Brasília...
Ainda segundo Santos, Andressa teria pedido para falar com ele mesmo sem a presença do seu advogado. Como ela insistiu em ser atendida, o juiz diz que concordou em recebê-la e chamou uma de suas assessoras para acompanhar a reunião.
Depois de cerca de 20 minutos, diz ainda o magistrado, Andressa teria dito para que a assistente fosse retirada sala. Depois de mais 25 minutos, teria insistido. “Ela disse: ‘Quero falar com o senhor a respeito das minhas visitas ao Carlos e vou falar de questões pessoais. Não queria que questões da minha intimidade fossem reportadas a terceiros’. Então concordei com a saída da minha assessora”, relatou.
Conforme o juiz, Andressa teria dito: "Doutor, tenho algo muito bom para o senhor. O senhor conhece o Policarpo Júnior? O Carlos contratou o Policarpo para fazer um dossiê contra o senhor. Se o senhor soltar o Carlos, não vamos soltar o dossiê".


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"Padrões éticos" dos mafiosos

O relato do juiz federal Alderico Rocha Santos é gravíssimo. Ele garante não temer o tal "dossiê" escrito por capangas do mafioso Carlinhos Cachoeira. Já a direção da revista Veja, procurada pelo G1, tentou se safar da denúncia, mas não convenceu. Ela afirmou que seu departamento jurídico "está tomando as providências para processar o autor da calúnia que tenta envolver de maneira criminosa a revista e seu jornalista com uma acusação absurda, falsa e agressivamente contrária aos nossos padrões éticos".
Quanto aos tais "padrões éticos" da Veja, ninguém bota um pingo de fé. O argumento é risível. Já sobre as relações do editor da revista com o mafioso Carlinhos Cachoeira, as escutas telefônicas da PF na Operação Monte Carlo não deixam sombra dúvida. Segundo fontes seguras, além dos grampos existem ainda outros documentos e até vídeos que comprovam as sinistras ligações. O caso, porém, complica-se ainda mais com a tentativa de chantagear um juiz com base num "dossiê" redigido pelo editor da Veja a pedido do mafioso.

Responsabilidade moral da CPI

Os deputados e senadores que integram a CPI do Cachoeira não têm mais como fugir da responsabilidade de convocar imediatamente Policarpo Júnior e Bob Civita para prestarem depoimentos. A não ser que eles queiram agradar os barões da mídia ou temam algum tipo de "dossiê" forjado pela revista sensacionalista de direita. A batata quente agora está nas mãos dos nobres parlamentares!

Fonte Blog do Miro