21 de fevereiro de 2013

Morrer aos Poucos - Morre a mais jovem vítima da Ditadura no Brasilil



Por Luciano Martins Costa
Do Observatório da Imprensa

O técnico de computadores Carlos Alexandre Azevedo morreu no sábado (16/2), após ingerir uma quantidade excessiva de medicamentos.
Ele sofria de depressão e apresentava quadro crônico de fobia social.
Era filho do jornalista e doutor em Ciências Políticas Dermi Azevedo, que foi, entre outras atividades, repórter da Folha de S. Paulo.
Ao 40 anos, Carlos Azevedo pôs fim a uma vida atormentada, dois meses após seu pai ter publicado um livro de memórias no qual relata sua participação na resistência contra a ditadura militar.
“Travessias torturadas” é o título do livro, e bem poderia ser também o título de um desses obituários em estilo literário que a Folha de S.Paulo costuma publicar.
Vítima da Ditadura
Carlos Alexandre Azevedo foi provavelmente a vítima mais jovem a ser submetida a violência por parte dos agentes da ditadura.
Ele tinha apenas um ano e oito meses quando foi arrancado de sua casa e torturado na sede do Dops paulista.
Foi submetido a choques elétricos e outros sofrimentos.
Pais Acusados
Seus pais, Dermi e a pedagoga Darcy Andozia Azevedo, eram acusados de dar guarida a militantes de esquerda, principalmente aos integrantes da ala progressista da igreja católica.
Dermi já estava preso na madrugada do dia 14 de janeiro de 1974, quando a equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury chegou à casa onde Darcy estava abrigada, em São Bernardo do Campo, levando o bebê, que havia sido retirado da residência da família.
Ela havia saído em busca de ajuda para libertar o marido.
Prisão e Tortura
Os policiais derrubaram a porta e um deles, irritado com o choro do menino, que ainda não havia sido alimentado, atirou-o ao chão, provocando ferimentos em sua cabeça.
Com a prisão de Darcy, também o bebê foi levado ao Dops, onde chegou a ser torturado com pancadas e choques elétricos.
Depois de ganhar a liberdade, a família mudou várias vezes de cidade, em busca de um recomeço.
Dermi e Darcy conseguiram retomar a vida e tiveram outros três filhos, mas Carlos Alexandre nunca se recuperou.
Vítima da Ditadura
Aos 37 anos, teve reconhecida sua condição de vítima da ditadura e recebeu uma indenização, mas nunca pôde trabalhar regularmente.
Aprendeu a lidar com computadores, mas vivia atormentado pelo trauma. Ainda menino, segundo relato da família, sofria alucinações nas quais ouvia o som dos trens que trafegavam na linha ferroviária atrás da sede do Dops.
Para não esquecer

10 anos de fracasso tucano em Minas : Um aparte senador




Excelentíssimo senador Aécio Neves, fomos informados que V. Exa. faria um pronunciamento destacando 13 pontos negativos dos 10 anos de governo Lula e Dilma.
             Fazemos aqui algo inédito. Um aparte antecipado.
           
Poderíamos entrar no clima e listar 45 malfeitos de vosso governo e de seu sucessor, nesses 10 anos tucanos pelas Minas Gerais. A lista ultrapassaria 45 itens: calotes sucessivos nos investimentos em educação e na saúde; ausência de política industrial; entrega da CEMIG para seus sócios “privados”; censura da imprensa; aparelhamento do Judiciário e do Ministério Público estadual; a tentativa de “doação” do prédio do IPSEMG para o amigo Fasano; as suspeitas obras da Cidade Administrativa; a “doação” do Mineirão para um consórcio privado; o apadrinhamento de aliados, inclusive de outros estados, na máquina do governo estadual.
            Teríamos ainda o uso intensivo e secreto de medidas de renúncia fiscal; o tratamento autoritário com movimentos sociais e sindicais; o cerceamento do trabalho da Assembleia Legislativa e do Tribunal de Contas do Estado; os mais de 300 fracassados protocolos de intenção para atrair investimentos e empresas para Minas Gerais, e daí por diante.
            Temos vossa postura contrária aos interesses do Brasil e de Minas, no caso da renovação das concessões do sistema elétrico e na redução da conta de luz.
            Temos o rumoroso caso da Rádio Arco-íris, sob o qual se esconde uma teia de malfeitos, tais como: fortes indícios de ocultação de patrimônio, sonegação fiscal e improbidade administrativa, já denunciados diretamente ao Dr. Gurgel, há dois anos, e até agora não investigados.
            Isso seria apenas a “entrada”. O prato principal será o próprio diagnóstico do “estado” do estado. Que faremos mais adiante.
            Senhor senador, para criticar o Brasi, V. Exa. teria que, em primeiro lugar, pedir desculpas ao povo mineiro.
            Onde já se viu determinar oficialmente que graduados em pedagogia dêem aula de educação física?
            Que excelência é essa na gestão pública, que obriga prefeitos a bancar gastos para segurança pública, como ajuda de moradia para oficiais da PM? Fora custear gasolina, manutenção de veículos, papel higiênico para a polícia civil e militar.
            Resultado disso: na saúde, na segurança e na educação, incluindo aí a assistência social, Minas ocupa os piores lugares no ranking do país.
            Não fossem os aportes de recursos federais ao estado, a situação seria ainda mais problemática.
            Nenhuma máquina publicitária pode esconder o fato: Minas Gerais está pior do que quando Itamar Franco deixou o governo. Muito mais endividada, sem condições de investimento próprio em infraestrutura industrial, sem atrativos para empresas de ponta em várias cadeias produtivas, nosso estado reflete a condição de um governo que optou por um projeto que faliu no mundo: o projeto neoliberal.
            A grande arma tucana para tentar atrair empreendimentos para as Alterosas é a velha e carcomida renúncia fiscal. E feita de forma sigilosa.
            Sem os avanços econômicos e sociais construídos ao longo dos dois governos Lula e do atual governo Dilma, o estado de Minas Gerais seria um retrato da Grécia, da Espanha, Portugal, Itália etc.
            Abaixo, destacamos links de matérias veiculadas em duas publicações técnicas, com números inquestionáveis: na revista Mercado Comum e no site do Sindifisco/MG. 
             
           
             
            1)Ficamos em 22º lugar em termos de PIB no Brasil e tudo indica que o PIB estadual (2012) será negativo.  http://migre.me/dkXVs 
           
2)A dívida pública do estado é a segunda maior e mais cara do país,perdendo apenas para a do Rio Grande do Sul; os governos Aécio eAnastasia esconderam por 8 anos essa “bomba relógio”.http://migre.me/dkXZq
3)Crescendo abaixo da média nacional, Minas perde prestígio político e econômico.http://migre.me/dl1uv
4)Minas ocupa o 24º lugar em gastos com educação em 2011.  http://migre.me/dl1NV
5)Na saúde, também somos o 24% do país, em termos de gastos.http://migre.me/dl1QM
6)Despesas com publicidade (só do Executivo) subiram, em 10 anos, 462%(excluídos os gastos de marketing da administração indireta)   http://migre.me/dl1L3
7)Passivo a descoberto: se nosso estado vender todos seus bens e direitose pagar o que deve, ainda sobraria um “papagaio” de quase 44 bilhões deReais para os contribuintes quitarem. Isso é o mesmo que, se você estivesseendividado e resolvesse quitar suas dívidas com a venda de seus bens edireitos, ainda assim sobraria uma outra parcela praticamenteimpagável.http://migre.me/dl1TQ 
Essessão apenas alguns exemplos da farsa chamada “Choque de Gestão”. Como épossível isso servir de exemplo para um país da dimensão e dacomplexidade do Brasil?
Os governos tucanos omitiram para o povo mineiro os dados dramáticos de sua dívida pública. Apartir de 2011 passam a “culpar” o governo federal pela situação dadívida. Ora, a dívida é uma herança da dupla FHC/Azeredo e foi –irresponsavelmente – escondida da opinião pública por oito anosseguidos. Lembrando que o ex-governador Itamar Franco, quando quis abriresse debate, foi hostilizado pelos próprios tucanos aqui enacionalmente.
Essagigantesca dívida pública impediria qualquer governo de atender aoscidadãos e cidadãs, em suas mínimas demandas por saúde, educação,segurança e assistência social. E mais, fazer os investimentosnecessários para impulsionar a economia de Minas seria impossível.
Enfim, essa é aMatrixtucana. Uma Minas virtual, criada por um poderoso esquema de marketingbilionário. Tudo isso orientado para um resultado apenas: alavancar acandidatura de Aécio Neves à presidência da República.
Há um ditado que diz: “para falar do rabo alheio, senta-te no próprio rabo.”
Odebate aberto agora por V. Exa. será crucial para que possamosesclarecer ao Brasil, que a Minas vendida pelos tucanos não existe. Éuma ilha da fantasia.

Fonte – Blog do saraiva

20 de fevereiro de 2013

PT começa a celebrar seus 10 anos no poder




Horas depois do discurso em que o senador Aécio Neves apontou "13 fracassos" do governo petista, legenda celebra, em grande estilo, seu primeiro decênio no poder; Fernando Haddad lembra que, em 1989, chegou a pensar: "Será que um dia vou votar em alguém que um dia possa ganhar uma eleição?" Segundo ele, não parecia provável, mas, depois de Lula, o povo brasileiro passou a ter vez e a ter voz; assista ao vivo

247 - Diante de uma platéia repleta de ministros e representantes de todos os partidos da base aliada, o PT começou a celebrar seus dez anos no poder. Um dos primeiros a falar foi o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Ele contou que, em 1989, quando soube que Lula havia passado para o segundo turno, fez as malas e retornou de uma viagem ao exterior, onde estudava, para votar no segundo turno. 
"Mas cheguei a pensar: será que um dia vou votar em alguém que possa ganhar uma eleição?" Segundo ele, uma vitória de Lula, num país marcado pelo patrimonialismo, nunca pareceu provável. Mas aconteceu e, segundo Haddad, o Brasil viveu a maior transformação econômica e social de sua história. "Pela primeira vez, o povo passou a ter vez e a ter voz".
Segundo o presidente da Fundação Perseu Abramo, Marcio Pochmann, o ciclo iniciado em 2003 será comparado à década de 1930, como um período de grande inflexão histórica. "Pela primeira vez, o Brasil conciliou crescimento e inclusão social, numa democracia", afirmou.
Num vídeo, o PT tomou de empréstimo uma frase eternizada por Abraham Lincoln: "Do povo, pelo povo, para o povo".
José Dirceu e José Genoino, condenados na Ação Penal 470, estão no evento, mas não na mesa principal, onde se sentam o ex-presidente Lula, a presidente Dilma Rousseff e o presidente do PT, Rui Falcão.
Em sua fala, Rui Falcão celebrou o apoio da militância do PT. "Sem ela, nada disso teria sido possível", afirmou.
No Twitter, um protesto acompanha a festa do PT e a hashtag #CiteumaCagadadoPT é uma das mais comentadas desta noite.

Fonte – Brasil247

"Rede é fundamentalista e preconceituoso"




Vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral atacou a intenção da ex-senadora Marina Silva de criar o Rede Sustentabilidade; declaração de guerra se dá após o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ter enviado carta apoiando o movimento e de Marina ter descartado possibilidade de fazer chapa encabeçada pelo socialista à Presidência

PE247 - O vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, bateu duro contra o partido que a ex-senadora Marina Silva tenta criar. Apesar de dizer que não tem muita informação sobre a formação do Rede Sustentabilidade, o dirigente socialista qualificou o projeto como “um negócio fundamentalista, religioso e preconceituoso. Ainda não vi política nele", afirmou ao chegar ao hotel onde acontecem as comemorações referentes aos dez anos à frente da Presidência da República, em São Paulo. A declaração de Amaral vem poucos dias após o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo campos, ter enviado uma carta de apoio a criação do novo partido e na mesma semana em que Marina descartou compor uma chapa com o PSB alegando que as visões das duas legendas sobre os rumos do País são completamente distintas.
“O partido é sem caráter. Não digo isso no sentido moral, mas no sentido de não ter definição programática. Ainda não disse para que veio", disparou Roberto Amaral. A criação de um novo partido seria relativamente benéfica ao PSB, segundo alguns socialistas. Como Marina ainda encontra eco junto ao eleitorado nacional após conseguir quase 20 milhões de votos na última eleição presidencial, um novo partido encabeçado por ela poderia facilitar um segundo turno em 2014. Neste caso, ainda segundo os socialistas, a disputa seria entre PT e PSB, entenda-se aí a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff e Eduardo Campos.
Resta saber como será a reação da ex-verde às declarações dadas pelo vice-presidente do PSB. Se o apoio dado por Campos para a criação do novo partido foi recebido com uma certa frieza por Marina, a relação agora pode ir de vez para a geladeira.

Fonte – Brasil247