Retornei da cirurgia que fiz em Natal e estou bem.
Voltarei a postar neste Blog a partir de amanhã quando receberei óculos
novos. Espero o regresso de todos que vinha acompanhando os meus posts aqui.
A liberdade de expressão é um conquista da civilização, mas como nem
tudo é perfeito, em nome dela também se cometem gafes, abusos, inconveniências,
impropérios e descomposturas. Seria apropriado, por exemplo, um juiz do Supremo Tribunal Federal, parte
destacada do julgamento do chamado "mensalão", com forte conotação
política prestigiar às gargalhadas a noite de autógrafos de um livro com o
título "O País dos Petralhas II"? Pois o ministro do STF Gilmar Mendes marcou presença no referido evento, em
Brasília, na terça-feira (16). Óbvio que o magistrado está em pleno exercício
do seu direito à liberdade de expressão, de ir e vir etc., mas o gesto –
carregado de simbolismo –, equivalente, e muito, a subir em um palanque tucano. Como agravante, o autor do livro é Reinaldo Azevedo, o mais raivoso
blogueiro da revista Veja, que aliás ainda está sob investigação na CPI do
Cachoeira. O que diriam, por exemplo, se algum outro ministro do STF fosse
a um hipotético lançamento de um livro escrito por um blogueiro progressista,
chamando partidários do PSDB de "tucanalhas"? Proibido não é. Mas com certeza é um gesto inconveniente para qualquer
magistrado, cuja conduta deve ser marcada pela discrição e por manter
equidistância das manifestações com conotações político-partidárias. De qualquer forma, da próxima vez que for à Brasília, Amaury Ribeiro Júnior
poderia convidar o "doutor Gilmar", para uma noite de autógrafos do
livro "A privataria tucana". Este sim um livro-reportagem, repleto de
documentos, e não uma coletânea de meras opiniões panfletárias, como é o caso
deste agora, mais um de Reinaldo Azevedo.
Candidato do PSDB avança na
mania de atacar jornalista e recusar pergunta em lugar de enfrentar tema
proposto; diante de indagação sobre kit anti-homofóbico do governo do Estado,
José Serra disse que repórter Kennedy Alencar não havia lido material e levantava
questão com base em mentira; "eu sei que você tem candidato, mas
contenha-se e seja educado"; a quem Serra pensa que intimida?; ouça no link
247 – O candidato a prefeito José Serra parece estar à
beira de um ataque de nervos em razão de um tema que ele mesmo lançou em
campanha: o chamado kit gay do Ministério da Educação. Em entrevista ao vivo na
rádio CBN, na manhã da terça-feira 16, Serra atacou o jornalista Kennedy
Alencar, colunisa da própria rádio, repórter da Folha de S. Paulo e titular do
programa É Notícia, da Rede TV!. "Modere-se, Kennedy! Você está na CBN, não pode fazer política
aqui", disse Serra, que havia recebido do profissional uma pergunta sobre
o as semelhanças entre o kit anti-homofóbico montado pelo Ministério da
Educação na gestão de Fernando Haddad e o que foi distribuido a professores da
rede pública estadual paulista em sua gestão no governo de São Paulo. "Eu
sei que você tem candidato, mas contenha-se, seja educado", avançou Serra,
classificando a premissão da questão como "mentira". A verdade,
porém, é que o kit do governo paulista recomendava aos professoes ter como
material de referência, entre outros elementos, uma foto de "duas meninas
se beijando na boca". Para Serra, o kit do MEC, que custou R$ 800 mil e
teve sua distribuição vetada pela presidente Dilma Rousseff, dois anos atrás,
incentivava o bissexualismo. Mas a resposta que ele deu sobre o kit estadual
não deixou clara se esse mesmo incentivo não ocorria na pela que ele próprio
autorizou. Preferiu, veladamente, fazer menção ao fato de Kennedy Alencar ter
sido, quase dez anos atrás, assessor de imprensa do PT. Abaixo, link para o áudio da entrevista de Serra à CBN e notícia do portal
Comunique-se a respeito: http://cbn.globoradio.globo.com/cbn-sp/2012/10/16/SERRA-PROMETE-REVER-AS-LINHAS-DE-ONIBUS-PAULISTANAS.htm Ter, 16 de Outubro de 2012 14:04 Serra chama Kennedy Alencar de mentiroso durante entrevista à CBN Redação Comunique-se Candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra foi entrevistado
pela CBN durante 50 minutos na manhã desta terça-feira, 16. O tucano respondeu
a perguntas dos apresentadores Fabíola Cidral e Milton Jung e do comentarista
Gilberto Dimenstein. Outro contratado da emissora, o analista político Kennedy
Alencar também participou e foi chamado de mentiroso ao afirmar que a cartilha
contra homofobia organizada pelo Estado de São Paulo tem semelhanças com o
chamado "kit gay" produzido pelo Ministério da Educação durante a
gestão de Fernando Haddad.
Fazendo sucesso em Avenida
Brasil como Nilo, ator também assume seu ativismo político e fala sobre o
julgamento do mensalão
247 – Em entrevista ao jornalista Álvaro Pereira Júnior, da
Folha de S. Paulo, o ator José de Abreu falou sobre seu personagem Nilo, que
faz sucesso em Avenida Brasil, e sobre seu ativismo político. Amigo de José
Dirceu, ele afirma que para ser condenado no Brasil basta ser preto, pobre,
puta ou petista. Confira um trecho: Amigo pessoal de José Dirceu, condenado pelo Supremo por corrupção ativa no
caso do mensalão, Abreu diz que esteve duas vezes com o ex-ministro antes de
sua condenação. "Nunca conversei com o Zé a respeito das denúncias. Acho que o PT fez o
que sempre se fez. É errado? Sim! Mas fez o que sempre se fez", diz. "O Supremo quer mudar a maneira de fazer política no Brasil. Ótimo,
maravilha! Óbvio que tinha que começar com o PT. Então, agora, para ser
condenado aqui, basta ser preto, puta, pobre e petista." Segundo Abreu, foi uma coincidência a novela e o mensalão terminarem ao
mesmo tempo. "Mas não foi coincidência o julgamento ser em época
eleitoral." Ele afirma já sentir saudades da equipe do folhetim. "O fim de um
trabalho dá uma certa dor, porque você sabe que não consegue manter a amizade e
o contato."
Resolvi fazer uma listinha básica com
dicas para quem quer
aprender a identificar um direitista
enrustido. Porque, como bem
sabemos, ninguém tem coragem de admitir que
é de direita no
Brasil, mas prestando atenção aos discursos
e atitudes das pessoas
fica fácil identifica-los.
Vamos lá:
1) Como bem apontou Fortes, o direitista enrustido costuma bradar que odeia
política e políticos em geral e que “não existe esse negócio de direita e
esquerda”. Mas, na prática, é diferente. O cara vota no Serra, em alguém do
DEMo, do PSDB ou em qualquer um que for o anti-petista ou anti-comunista da
vez. Se Adolf Hitler em pessoa ressuscitar e chegar ao segundo turno contra
Lula, por exemplo, adivinhem só em quem ele vai votar?
2) Eles adoram xingar os abusos da
Telefônica, da CPFL e os pedágios caríssimos das estradas. Enquanto você
concorda, são só sorrisos. Porém, na hora que você
lembra que a culpa de tudo isso recai sobre
as
privatizações lesa-pátria ocorridas nos oito
anos de governo
FHC, ele fecha a cara e começa a
defendê-las, alegando
que “antes a gente tinha que esperar
anos pra conseguir
um telefone” e que a culpa é das “agências
reguladoras”
(que também foram criadas pelo FHC). Aí você
explica
que não é contra parcerias público-privadas,
desde que
elas sejam feitas em favor da população e
não de um
grupelho de “amigos do rei”. E então faz
aquela
fatídica constatação: “Realmente, hoje você
consegue
uma linha rapidinho, só que paga as tarifas
mais caras
do mundo, recebe em troca um serviço
horrível e não
tem ninguém para reclamar”. Se depois
disso a
pessoa se enfurecer e começar a falar mal do
Lula, do PT
ou de Cuba, pode ter certeza que você
está diante de um
direitista.
3) Toda pessoa de direita acredita piamente
que as pessoas são pobres porque querem. “O problema do Brasil é que pobre não
gosta de trabalhar”, costumam repetir. De tanto ler a Veja e ver o Jornal
Nacional, eles passam a crer que o sujeito mora numa favela e só consegue
trabalhar de lixeiro porque “não quis estudar” ou “não se esforçou o suficiente
para subir na vida”. Quando você lembra que essas pessoas não têm condições nem
para comer, são obrigadas a trabalhar desde cedo largando os estudos e, devido
a tudo isso, só conseguem arrumar subempregos,
o direitista novamente vai fechar a cara e
começar a resmungar
coisas sem nexo do tipo: “Pode ser,
mas se um vagabundo desses
Agenda homofóbica na
campanha para prefeito de São Paulo foi contestada pelo publicitário Luiz
Gonzalez, que faz os programas de José Serra; cada vez mais, o jornalista
Reinaldo Azevedo, que hoje postou novo vídeo de Silas Malafaia, se converte no
marqueteiro informal de Serra, numa campanha marcada pela baixaria; presidente
da ABGLT publicou carta aberta ao candidato, lamentando postura
discriminatória; Serra pode perder a eleição e a própria biografia
247 – Até agora, tem sido desastrosa ideia de
José Serra de colocar como tema central do segundo turno em São Paulo o tema do
chamado “kit-gay”. Ontem, reportagem da Folha de S. Paulo revelou que Serra,
quando governador de São Paulo, divulgou cartilha semelhante à que foi
preparada por Fernando Haddad, no Ministério da Educação.
Hoje, duas notas publicadas na coluna de Monica Bergamo revelam
que a inclusão desse tema foi questionada tanto pelo coordenador da campanha,
Edson Aparecido (PSDB-SP), como pelo marqueteiro do candidato, Luiz Gonzalez.
Leia abaixo:
MALAFAIA FORA...
A coordenação da campanha de José Serra (PSDB-SP) se dividiu em relação à
adesão explícita do pastor Silas Malafaia à campanha do tucano. Antes mesmo da
revelação de que o próprio Serra, quando governador, autorizara a distribuição,
em SP, de material anti-homofobia, que Malafaia chama de "kit gay",
líderes do partido defendiam que o tema ficasse fora da campanha oficial.
...DE CONTROLE
Entre os contrários à entrada de Malafaia pela porta da frente na eleição
estavam Edson Aparecido (PSDB-SP), coordenador da campanha de Serra, e Luiz
González, marqueteiro do candidato.
Serra bancou a aposta e a única voz que o defende é a do
blogueiro Reinaldo Azevedo, que se comporta como uma espécie de guru e
marqueteiro informal do candidato. Nesta manhã, Azevedo publicou novo vídeo de
Silas Malafaia. Assista:
Agenda homofóbica na
campanha para prefeito de São Paulo foi contestada pelo publicitário Luiz
Gonzalez, que faz os programas de José Serra; cada vez mais, o jornalista
Reinaldo Azevedo, que hoje postou novo vídeo de Silas Malafaia, se converte no
marqueteiro informal de Serra, numa campanha marcada pela baixaria; presidente
da ABGLT publicou carta aberta ao candidato, lamentando postura
discriminatória; Serra pode perder a eleição e a própria biografia
247 – Até agora, tem sido desastrosa ideia de
José Serra de colocar como tema central do segundo turno em São Paulo o tema do
chamado “kit-gay”. Ontem, reportagem da Folha de S. Paulo revelou que Serra,
quando governador de São Paulo, divulgou cartilha semelhante à que foi
preparada por Fernando Haddad, no Ministério da Educação.
Hoje, duas notas publicadas na coluna de Monica Bergamo revelam
que a inclusão desse tema foi questionada tanto pelo coordenador da campanha,
Edson Aparecido (PSDB-SP), como pelo marqueteiro do candidato, Luiz Gonzalez.
Leia abaixo:
MALAFAIA FORA...
A coordenação da campanha de José Serra (PSDB-SP) se dividiu em relação à
adesão explícita do pastor Silas Malafaia à campanha do tucano. Antes mesmo da
revelação de que o próprio Serra, quando governador, autorizara a distribuição,
em SP, de material anti-homofobia, que Malafaia chama de "kit gay",
líderes do partido defendiam que o tema ficasse fora da campanha oficial.
...DE CONTROLE
Entre os contrários à entrada de Malafaia pela porta da frente na eleição
estavam Edson Aparecido (PSDB-SP), coordenador da campanha de Serra, e Luiz
González, marqueteiro do candidato.
Serra bancou a aposta e a única voz que o defende é a do
blogueiro Reinaldo Azevedo, que se comporta como uma espécie de guru e
marqueteiro informal do candidato. Nesta manhã, Azevedo publicou novo vídeo de
Silas Malafaia. Assista:
Em meio à baixaria, o ativista Toni Reis, presidente da ABGLT,
escreveu carta aberta a José Serra, em que revela sua decepção com a baixaria
patrocinada pelo candidato tucano. Serra corre o risco de perder não apenas a
eleição, como a própria biografia. Leia, abaixo, a carta aberta de Toni Reis:
CARTA ABERTA DE TONI REIS AO JOSÉ SERRA
Prezado José Serra,
Tenho 48 anos, sou gay e atualmente sou presidente da ABGLT – Associação
Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Sou casado oficialmente
com David Harrad há 23 anos e somos os pais legais de Alyson Miguel Harrad
Reis.
"Foi um erro", diz
presidente do Paraguai; quantia registrada de maneira fraudulenta em declaração
oficial de patrimônio equivale a US$ 645 mil; caso de patrimônio mal explicado
pode causar reviravolta na situação política do país vizinho; Veja e PSDB foram
os primeiros a apoiar substituição do ex Fernando Lugo; e agora?
247 – Um aumento não explicado de US$ 645 mil no patrimônio
pessoal do presidente Federico Franco, do Paraguai, seguido pela adulteração de
um documento oficial, pode provocar uma reviravolta na situação política do
país. Saudado como democrata e de honestidade a toda prova, inclusive por
setores da mídia brasileira, como a revista Veja, e partidos políticos como o
PSDB, Franco admitiu em conferência de imprensa que supervalorizou em documento
público uma de suas propriedades no País. "Foi um erro meu, estou dando a
cara", disse o presidente. Ele registrou sua propriedade em San Lorenzo
por um valor maior que 1,3 bilhão de guaranis acima do preço real. A revelação sobre o "erro" de Franco pode causar uma reviravolta
política na situação do país. Alçado ao poder após o impeachment do presidente
eleito Fernando Lugo, o novo presidente provocou, com sua posse, uma crise no
âmbito Mercosul e Unasul. Até o momento, Brasil, Argentina e Paraguai não reconhecem
o novo governo. O Paraguai também não foi reconhecido, ainda, como membro da
Unasul. Internamente, apesar de o resultado da votação do impeachment ter se
dado por larga margem na Câmara dos Deputados, na sociedade Franco enfrenta
forte oposição, especialmente dos partidários de Lugo, cuja base de votos se
situa nas camadas mais pobres e numerosas. No Brasil, a revelação sobre o "erro" de Franco deixa na mão parte
da mídia, em especial a revista Veja. A publicação da editora Abril foi a
primeira a reconhecer a mudança de poder como legítima, abrindo suas páginas
amarelas, de entrevistas, a Franco. Mais longe ainda foi o senador Alvaro Dias,
do PSDB. Ele tornou-se um franquista de primeira hora, escalando-se como
interlocutor preferencial entre a oposição brasileira e o novo governo. Como
eles reagirão agora que se descobre que Franco não é o santo que se pintou?
Informo aos leitores deste Blog que viajarei amanhã para
Natal e farei uma cirurgia de catarata dia 18/10. Estarei de volta dia
25/10.Não sei se vou conseguir postar
alguma coisa neste período. Entre 18 e 25/10.
Espero pela compreensão de todos vocês como também
espero que voltem a ler este blog depois do dia 25. Se possível postarei algum
texto neste período.
Colunista da Folha
diz que Lula venceu as eleições, que Veja distorce a realidade ao vender
Joaquim Barbosa como novo herói nacional, que José Genoino não merece o que
está vivendo e condena a análise maniqueísta dos que analisam o julgamento do
mensalão com sangue nos olhos
247 – Colunista
da Folha, Barbara Gancia se diz assustada com o “sangue nos olhos” dos que
pregam punição exemplar aos réus da Ação Penal 470 e afirma que Lula foi o
grande vencedor das eleições municipais de 2012. Leia:
Bem x Mal
Barbara Gancia
Seria uma lição de democracia se do julgamento
do STF constassem não só PT, mas Democratas, PSDB etc.
Está tudo muito bom, está tudo muito bem. E o
"New York Times", o "Financial Times" e o "Times"
de Londres podem estar certos de que o julgamento do mensalão representa um
avanço brutal para a democracia tapuia, como bem notou o nosso monumental
Clóvis Rossi em sua coluna de ontem, mas esta "bastian contraria" (a
expressão é piemontesa) que vos fala veio posar na sua sopa para discordar.
É claro que quem tem culpa que pague o que deve.
E eu também, como todo o resto do Ocidente (excluindo talvez o Suriname, Cuba
e a Cristina Kirchner -que deve sentir coisas por ele), não vou com os cornos
do Zé Dirceu. O homem escondeu a própria identidade da mulher, vive de amassos
com os Castro, não é exatamente exemplo de democrata e blá-blá-blá-blá-blá.
Acontece que não consigo dissociar a imagem de
Joaquim Barbosa de Torquemada e o julgamento do mensalão da Inquisição. Estamos
assistindo a um massacre e há muito ainda a considerar.
Diziam que o julgamento seria parcial porque
Lula havia escolhido os juízes. Não aconteceu. Aliás, essa desconfiança
preconceituosa me faz lembrar o terceiro mandato de Lula, que não houve.
Enunciavam também que o mensalão ia dar a
vitória a Russomanno em primeiro turno. Não aconteceu. Por sinal, a economia
nem vai tão bem e Haddad lidera as pesquisas.
E Lula, ora, Lula foi o grande vencedor do primeiro
turno (tadinha da Martoca) e vai levar São Paulo de enxurrada, né não? Fica
claro também que a classe média alta que se diz informada, mas que raramente
acaba obtendo colocação profissional fora do âmbito familiar, quer ver o PT
ser varrido do mapa. Essa é a turma que torce como nunca no Fla-Flu do
julgamento do STF.
Ao falar sobre
Eduardo Azeredo, ex-governador mineiro, eleito pelo PSDB, o atual presidente do
Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, acolheu a denúncia por peculato e
lavagem de dinheiro, em função do desvio de recursos das estatais Copasa, Comig
e Bemge; no voto, determinou ainda o início imediato da instrução para evitar o
risco de prescrição; assista (mesmo sabendo que depois disso o processo se
perdeu em alguma gaveta do STF)
247 – O
vídeo é de 2009 e mostra um Joaquim Barbosa indignado, recebendo a denúncia do
mensalão mineiro, e tucano, contra o ex-governador Eduardo Azeredo, eleito em
1994 e derrotado em 1998. Ao falar, ele cita desvios de recursos das estatais
mineiras Copasa, Comig e Bemge e determina o início do processo de instrução
criminal, para evitar o risco de prescrição, uma vez que se referia a fatos
ocorridos onze anos antes – em 1998, a despeito do valerioduto montado para sua
reeleição, Azeredo foi derrotado por Itamar Franco.
Embora tenha determinado o imediato começo da
instrução penal, o processo não andou. Joaquim Barbosa, saudado pela revista
Veja como “O menino pobre que mudou o Brasil” e aplaudido nas ruas, bares e
restaurantes, chegou a se queixar de que o mensalão mineiro não despertava o
mesmo apelo midiático. Em resumo, não dava o mesmo Ibope – ou a mesma
quantidade de elogios em Veja – que o mensalão petista. Em razão disso, alguns
réus, como Walfrido dos Mares Guia, já se beneficiaram da prescrição. Depois de
completar 70 anos, ele não poderá mais ser preso.
Na sessão de ontem, com sua tese vitoriosa no
plenário do STF, Joaquim Barbosa interrompeu o ministro Dias Toffoli para
definir o mensalão como um “verdadeiro assalto aos cofres públicos”. No caso da
Ação Penal 470, a definição de recursos públicos veio de forma indireta, por se
tratar da Visanet, uma empresa privada, que conta com participação acionária do
Banco do Brasil. Em Minas, Barbosa citou três estatais diretamente controladas
pelo governo àquela época: Comig, Copasa e Bemge. Portanto, pode-se presumir
que ele considere o mensalão tucano, ainda mais do que o petista, um
“verdadeiro assalto aos cofres públicos”.