6 de outubro de 2012

O voto de Fux e Rosa Weber - Floreios, devaneios, tremores e insegurança, é como votam



Nosso agradecimento ao leitor
O presente texto não tem o autor identificado (é pena). Foi publicado na caixa de comentários do nosso blog e entendemos que merece virar post. Aborda de forma crítica, mas não desrespeitosa, os votos de Rosa Weber e Fux, mesmo que não cite o nome dos dois ministros do STF. Trata ainda do comportamento do Ministro Joaquim Barbosa, a quem é atribuída a conduta de não receber advogados.

Hoje vou dormir com vergonha alheia. Não pelo Genoíno, Delúbio e Dirceu. Talvez até devesse, mas proporcionalmente ao seu suposto malfeito, o qual resta seguir provando (o STF não deixa!) e que não é exclusividade deles, nem começou com eles. O tal do caixa 2. Hoje vou dormir com vergonha alheia do Lula e e da Dilma. Quanta competência em governar (o Brasil é outro!) e quanta incompetência ao escolherem juízes. Não que devessem escolher alguém previamente disposto(a) a inocentar. Mas que tivessem escolhido melhor. Bem melhor. Pessoas de fato preparadas.
Em um já não enxergo a não ser desrespeito e autoritarismo. Temo mesmo que ele venha a se tornar presidente do tribunal com a sua postura antidemocrática (imaginem só que, segundo O Globo, ele não gosta de advogados, não os recebe, não os lê - não pode, então, ser justo, juiz e menos ainda presidente!). 
O outro adora florear, citar, falar difícil...para, ao final e ao cabo, e como se nada no meio-tempo tivesse sido contraposto, sempre aderir às teses principais. Teses tornadas, ao preço de muitas mentiras e exageros, mainstream. Essa verdade - a do seu mecanicismo servil - não é, Data Vênia, uma quimera. 


Não menos pior, exceto pela fala mais simples, a juíza. Hoje foi um espanto só! Visivelmente trêmula - um mês depois ela já não é uma iniciante -, tentou passar a emoção de quem, apesar de condenar, lamentava fazê-lo. Sinto, não é o que fica: sua tremedeira vem da fraqueza argumentativa, vem de atentar contra a inteligência do público ao dizer que ali não se estava a flexibilizar a Constituição e os direitos por ela assegurados. Que ousadia de alguém que estreou ferindo de morte o duplo grau, isto é, o direito aos réus não-deputados de poderem ser julgados em uma primeira instância e depois em outra. De alguém que não protestou pelo desdobramento concedido ao mensalão tucano, o qual agora, pelo tanto de tempo impune, já gera as primeiras prescrições punitivas. Que não protestou que, por antecedência (1998), se começasse primeiro por esse. Que não se perguntou pela ausência (hei, STF!) de Daniel Dantas no banco dos réus. 
Que não quer, porque julga desimportante, estabelecer as verdadeiras origens e trajetórias do dinheiro. 
Sabê-las pode dar em outras visões que não estas açodadas e tementes a setores minoritários mas com grande poder, via imprensa, de se confundir com a opinião pública e impor interesses inconfessáveis. Já nem falo aqui da teoria do domínio do fato (que dá lugar a ilações como provas ao invés de provas...se os réus, é claro, não forem demotucanos), nem da retórica que demoniza a política e que tem por objetivo, em última análise, o funeral da democracia e a sua substituição pela ditadura ou governo de poucos.

Fonte – 007bondeblog.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário