10 de outubro de 2012

Vice de Serra é processado por desviar dinheiro público para Veja



O ex-secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider (PSD), escolhido como candidato a vice na chapa do tucano José Serra, que disputa a prefeitura de São Paulo, é acusado de desvio de dinheiro público da prefeitura e do governo do Estado para favorecer a Fundação Victor Civita – ONG ligada ao grupo Abril, proprietário da revista Veja. O processo, publicado em 4 de julho, tramita na 12ª Vara da Fazenda Pública.

A acusação da promotoria responsabiliza Alexandre Schneider (PSD) pelo compadrio político, violando o princípio da impessoalidade.
Schneider contratou o pessoal da fundação para prestação de serviço de “Formação Continuada para Diretores e Supervisores” durante o período em que foi secretário de Educação na administração do atual prefeito Gilberto Kassab.
Segundo a denúncia dos promotores, a escolha da ONG ligada à Veja foi feita “a dedo” e ilegalmente, dispensando a necessária licitação, já que havia muitas outras instituições qualificadas a prestar o serviço.

Terceirização da roubalheira

Para piorar a denúncia, o curso de capacitação não foi prestado pela fundação, que contratou outra ONG para isso, o Instituto Protagonistés, presidido pela tucana Rose Neubauer, que foi secretária de Educação no governo Mário Covas e amiga de Schneider.
Outra vantagem de ser amigo do rei é que a editora Abril não precisou imprimir as apostilas do curso, nem pagar por sua impressão. As cartilhas do projeto foram impressas na gráfica da Imprensa Oficial do Estado. A ONG de Veja arcou apenas com os custos do papel utilizado, sem ressarcir aos cofres públicos o valor dos serviços dos funcionários e outras despesas diretas ou indiretas, causando prejuízo ao erário estadual. O presidente da Imprensa Oficial que autorizou a maracutaia era Hubert Alquéres, outro a compor esta “ação entre amigos” demotucanos, segundo a denúncia.
A ação teve origem em representação apresentada pelo então vereador Beto Custódio (PT-SP). O Ministério Público pede a devolução aos cofres da prefeitura o valor de R$ 611.232,00, além de outras punições cabíveis.

Fonte – Camaraptsp.org.br

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