Ao falar sobre
Eduardo Azeredo, ex-governador mineiro, eleito pelo PSDB, o atual presidente do
Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, acolheu a denúncia por peculato e
lavagem de dinheiro, em função do desvio de recursos das estatais Copasa, Comig
e Bemge; no voto, determinou ainda o início imediato da instrução para evitar o
risco de prescrição; assista (mesmo sabendo que depois disso o processo se
perdeu em alguma gaveta do STF)
247 – O
vídeo é de 2009 e mostra um Joaquim Barbosa indignado, recebendo a denúncia do
mensalão mineiro, e tucano, contra o ex-governador Eduardo Azeredo, eleito em
1994 e derrotado em 1998. Ao falar, ele cita desvios de recursos das estatais
mineiras Copasa, Comig e Bemge e determina o início do processo de instrução
criminal, para evitar o risco de prescrição, uma vez que se referia a fatos
ocorridos onze anos antes – em 1998, a despeito do valerioduto montado para sua
reeleição, Azeredo foi derrotado por Itamar Franco.
Embora tenha determinado o imediato começo da
instrução penal, o processo não andou. Joaquim Barbosa, saudado pela revista
Veja como “O menino pobre que mudou o Brasil” e aplaudido nas ruas, bares e
restaurantes, chegou a se queixar de que o mensalão mineiro não despertava o
mesmo apelo midiático. Em resumo, não dava o mesmo Ibope – ou a mesma
quantidade de elogios em Veja – que o mensalão petista. Em razão disso, alguns
réus, como Walfrido dos Mares Guia, já se beneficiaram da prescrição. Depois de
completar 70 anos, ele não poderá mais ser preso.
Na sessão de ontem, com sua tese vitoriosa no
plenário do STF, Joaquim Barbosa interrompeu o ministro Dias Toffoli para
definir o mensalão como um “verdadeiro assalto aos cofres públicos”. No caso da
Ação Penal 470, a definição de recursos públicos veio de forma indireta, por se
tratar da Visanet, uma empresa privada, que conta com participação acionária do
Banco do Brasil. Em Minas, Barbosa citou três estatais diretamente controladas
pelo governo àquela época: Comig, Copasa e Bemge. Portanto, pode-se presumir
que ele considere o mensalão tucano, ainda mais do que o petista, um
“verdadeiro assalto aos cofres públicos”.
Fonte – Brasil247
Nenhum comentário:
Postar um comentário