12 de outubro de 2012

Barbosa viu assalto ao Estado em Minas pelo PSDB




Ao falar sobre Eduardo Azeredo, ex-governador mineiro, eleito pelo PSDB, o atual presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, acolheu a denúncia por peculato e lavagem de dinheiro, em função do desvio de recursos das estatais Copasa, Comig e Bemge; no voto, determinou ainda o início imediato da instrução para evitar o risco de prescrição; assista (mesmo sabendo que depois disso o processo se perdeu em alguma gaveta do STF)

247 – O vídeo é de 2009 e mostra um Joaquim Barbosa indignado, recebendo a denúncia do mensalão mineiro, e tucano, contra o ex-governador Eduardo Azeredo, eleito em 1994 e derrotado em 1998. Ao falar, ele cita desvios de recursos das estatais mineiras Copasa, Comig e Bemge e determina o início do processo de instrução criminal, para evitar o risco de prescrição, uma vez que se referia a fatos ocorridos onze anos antes – em 1998, a despeito do valerioduto montado para sua reeleição, Azeredo foi derrotado por Itamar Franco.
Embora tenha determinado o imediato começo da instrução penal, o processo não andou. Joaquim Barbosa, saudado pela revista Veja como “O menino pobre que mudou o Brasil” e aplaudido nas ruas, bares e restaurantes, chegou a se queixar de que o mensalão mineiro não despertava o mesmo apelo midiático. Em resumo, não dava o mesmo Ibope – ou a mesma quantidade de elogios em Veja – que o mensalão petista. Em razão disso, alguns réus, como Walfrido dos Mares Guia, já se beneficiaram da prescrição. Depois de completar 70 anos, ele não poderá mais ser preso.
Na sessão de ontem, com sua tese vitoriosa no plenário do STF, Joaquim Barbosa interrompeu o ministro Dias Toffoli para definir o mensalão como um “verdadeiro assalto aos cofres públicos”. No caso da Ação Penal 470, a definição de recursos públicos veio de forma indireta, por se tratar da Visanet, uma empresa privada, que conta com participação acionária do Banco do Brasil. Em Minas, Barbosa citou três estatais diretamente controladas pelo governo àquela época: Comig, Copasa e Bemge. Portanto, pode-se presumir que ele considere o mensalão tucano, ainda mais do que o petista, um “verdadeiro assalto aos cofres públicos”.

Fonte – Brasil247

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