O
Estadão, muito a contragosto, capitulou à realidade nua e crua e estragou a
estratégia de José Serra e FHC de tentar desacreditar o livro "A
Privataria Tucana", do premiado jornalista investigativo Amaury Ribeiro
Júnior.
José Serra e FHC malufavam ao dizer que os documentos são falsos. O Estadão os desmente e diz que são verdadeiros, e dá até a fonte de um deles, inédito até então, da CPI do Banestado.
O título da reportagem é ruim de doer, seria análogo a escrever "Reportagem usa auto de apreensão de cocaína contra Nem da Rocinha"... o Estadão recorre a clichês para atenuar a denúncia, toda hora dizendo que Amaury é indiciado, mas para ser isento também deveria dizer que ele coleciona vários prêmios de jornalismo... mas de qualquer forma a reportagem tem o mérito de não fugir da realidade.
O leitor do Estadão deve ter entrado em estado de choque ao saber, com retardo, muita coisa que os leitores de nosso blog já sabiam há muito tempo:
- "... documentos inéditos da antiga CPI do Banestado que apontam supostas movimentações irregulares de recursos por pessoas próximas ao ex-governador José Serra (PSDB)...".
- "... Gregório Marin Preciado, casado com uma prima de Serra, utilizou-se de uma conta operada por doleiros em Nova York para enviar US$ 1,2 milhão para a empresa Franton Interprises, que seria ligada ao ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira..." (Nota do blog: faltou falar da sociedade de Preciado com Serra em um terreno no Morumbi).
José Serra e FHC malufavam ao dizer que os documentos são falsos. O Estadão os desmente e diz que são verdadeiros, e dá até a fonte de um deles, inédito até então, da CPI do Banestado.
O título da reportagem é ruim de doer, seria análogo a escrever "Reportagem usa auto de apreensão de cocaína contra Nem da Rocinha"... o Estadão recorre a clichês para atenuar a denúncia, toda hora dizendo que Amaury é indiciado, mas para ser isento também deveria dizer que ele coleciona vários prêmios de jornalismo... mas de qualquer forma a reportagem tem o mérito de não fugir da realidade.
O leitor do Estadão deve ter entrado em estado de choque ao saber, com retardo, muita coisa que os leitores de nosso blog já sabiam há muito tempo:
- "... documentos inéditos da antiga CPI do Banestado que apontam supostas movimentações irregulares de recursos por pessoas próximas ao ex-governador José Serra (PSDB)...".
- "... Gregório Marin Preciado, casado com uma prima de Serra, utilizou-se de uma conta operada por doleiros em Nova York para enviar US$ 1,2 milhão para a empresa Franton Interprises, que seria ligada ao ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira..." (Nota do blog: faltou falar da sociedade de Preciado com Serra em um terreno no Morumbi).
-
"... Indicado por Serra para o Banco do Brasil no governo do
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Ricardo Sérgio é apontado na
obra como suposto articulador da formação de consórcios que participaram do
processo de privatização, graças a sua influência na Previ, fundo de pensão dos
funcionários do banco estatal..."
-
"... Ricardo Sérgio controlava empresas em paraísos fiscais que
teriam recebido supostas propinas de beneficiados pelo processo de
privatização, entre eles o próprio Preciado, representante da espanhola
Iberdrola na época em que a empresa comprou três estatais de energia no
Brasil..."
-
"... A mesma empresa Franton recebeu US$ 410 mil de uma empresa
pertencente ao grupo La Fonte, de Carlos Jereissati, que adquiriu o controle da
Telemar (atual Oi) durante a privatização da antiga Telebrás..."
- "... a redução de dívidas de empresas de Marin Preciado no Banco do Brasil quando Ricardo Sérgio era diretor... Entre 1995 e 1998, segundo o Ministério Público Federal, duas empresas de Preciado obtiveram desconto de cerca de R$ 73 milhões em um empréstimo que, originalmente, era de US$ 2,5 milhões. O valor final da dívida, segundo o livro, chegou a pouco mais de R$ 4 milhões..."
-
"...A Privataria Tucana também aborda a sociedade entre Verônica Serra,
filha do ex-governador, e Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, na
empresa Decidir.com, sediada em Miami. De acordo com o autor, a empresa
foi transformada em uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas e, de lá, injetou
recursos em uma empresa brasileira que tinha Verônica Serra como
vice-presidente, a Decidir do Brasil..." (nota do blog: até que enfim,
depois de 18 meses que nosso blog desafiou o jornalão a publicar).
A
reportagem é sóbria, seca e sem ilações. Ainda ficou devendo falar da
arapongagem da empresa Fence sobre a vida de Aécio com dinheiro público
paulista, do indiciamento de Verônica Serra por quebra de sigilo financeiro de
milhões de brasileiros, e da movimentação do genro em paraísos fiscais, e
dívidas previdenciárias.
Mas
para o leitor do Estadão que vem sendo adestrado a pedir a cabeça de ministros
até por causa de multas de trânsito, a reportagem é mais do que suficiente para
sentir o mau cheiro das relações da família Serra com essas roubalheiras todas.
Fonte – Blog do Saraiva
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