Por 18 votos a um, o Conselho
de Ética da Câmara dos Deputados decidiu arquivar o processo do PSDB contra o
deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), na reunião realizada na tarde desta
quarta-feira (11) em Brasília. Para o deputado, o resultado da votação “retratou
o que a população brasileira estava a exigir, a aguardar, porque o povo, não só
de São Paulo, como de outros estados acompanhavam o processo” que, na opinião
do deputado, mudou o papel dele de investigador em investigado.
Agência Câmara
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Protógenes anunciou que vai
voltar a CPMI do Cachoeira, onde é membro titular.
Ele criticou o fato dos
tucanos usarem uma disputa política dentro da Câmara “venha se transformar em
instrumento de punição que paralisa mandato do parlamentar como aconteceu comigo”,
avaliou, destacando que foi obrigado a abandonar a CPMI do cachoeira, onde é
membro titular, para se defender. “A minha ação ficou paralisada, me obrigando
a me defender do inexistente, de acusações sem provas”, declarou. E anunciou
que sentindo-se fortalecido, volta a ocupar a posição na CPMI, pronto para
ajudar nas investigações contra o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos,
o Carlinhos Cachoeira.
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com dois votos diferentes.
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A líder do PCdoB na Câmara, deputada Luciana Santos (PE), que acompanhou toda a reunião, saiu satisfeita com o resultado porque, segundo ela, “é o resultado justo”. Ela lembrou que foi o deputado Protógenes Queiroz quem primeiro apresentou proposta de criação de uma CPI para investigar o contraventor Carlinhos Cachoeira, portanto era inadmissível que ele tivesse feito isso estando envolvido no esquema, como acusou os tucanos ao apresentar denúncia contra ele no Conselho de Ética.
O deputado Protógenes disse ainda que o arquivamento do processo contra ele é uma lição que fica de que um processo de perseguição na Câmara dos Deputados, a própria Câmara soube rechaçar, destacando que nem os deputados do próprio PSDB ficaram com o Partido, votando pelo arquivamento da denúncia. Somente o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) votou contra o arquivamento.
Após dois adiamentos, o
Conselho de Ética votou contra o relatório do deputado Amauri Teixeira (PT-BA)
que pedia abertura de processo contra Protógenes, acusado pelo PSDB de
envolvimento do esquema do Carlinhos Cachoeira.
Pelo mesmo placar de 18 votos
a um, os deputados votaram contra o relatório de Amauri e, em seguida, votaram
a favor do relatório do deputado Sibá Machado (PT-AC) que propunha o
arquivamento do processo.
De Brasília
Márcia Xavier
Fonte Correio do Brasil.com
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