O PSDB entrou nesta terça-feira
com uma representação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra a CUT
(Central Única dos Trabalhadores) e José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil do
governo Lula.
O partido alega que a ação é
motivada pelo discurso do seu atual presidente da central, Vagner Freitas,
afirmando que mobilizaria os integrantes da CUT para defender os réus no
processo de julgamento do mensalão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) durante
o mês de agosto. Segundo a legenda, a ação do seu presidente não é
"puramente política-eleitoral", "desvinculada dos seus objetivos
institucionais".
No início do mês, Freitas concedeu
entrevista
à Folha afirmando que levaria às ruas a força da maior central do país
para apoiar a defesa dos réus do julgamento.
"Não pode ser um julgamento
político. Se isso ocorrer, nós questionaremos, iremos para as ruas",
afirmou Freitas.
Quando o escândalo do mensalão
surgiu em 2005, a CUT reuniu 10 mil pessoas em Brasília para uma manifestação
em defesa do governo Lula. O protesto foi organizado após queda do então
ministro da Casa Civil, José Dirceu, um dos réus do julgamento.
Neste ano para apresentar sua
defesa, Dirceu foi a congressos estaduais da central neste ano para falar sobre
a conjuntura política e o julgamento.
Foi também numa plenária da CUT do
ano passado em Guarulhos, na Grande São Paulo, que o ex-tesoureiro do PT Delúbio
Soares, outro réu, lançou uma campanha para mobilizar militantes em sua defesa.
Delúbio foi dirigente da CUT antes
de cuidar das finanças do PT. Chegou a ser expulso do partido no auge do
escândalo e foi reintegrado a sigla no fim do ano passado. Ele e Dirceu
receberam manifestações de apoio nos encontros recentes da central.
Fonte Folha de S Paulo
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