FHC aposta no mensalão contra a superioridade
histórica de Lula
Aparentemente, Fernando Henrique Cardoso é um
homem feliz. A mídia aliada o retrata sempre satisfeito e sorridente enquanto
tece loas ao seu desastroso período à frente do governo do país. Todavia, é um
homem magoado e frustrado com o registro que a história e a voz do povo, que só
as urnas expressam com clareza, fazem de sua atuação como presidente.
Uma década após ter sido virada a página
daqueles oito anos de crises incessantes, de desemprego, de quebradeiras, de
descrédito internacional do Brasil, de aumento da violência e da criminalidade,
de caos na educação e na saúde e até de aumento da pobreza e da desigualdade,
tentam reescrever a história. Contudo, tem sido em vão.
A maior prova de que dez anos foram tempo
insuficiente para o povo brasileiro esquecer o que foi a era FHC está na última
eleição presidencial, na qual, como em todas as eleições presidenciais
anteriores desde 2002, o candidato do PSDB da vez (José Serra) tentou esconder
o ex-presidente da República de seu partido de forma que o eleitorado não o
associasse a ele.
Eis que, no âmbito do julgamento do mensalão “do
PT”, o ressentido ex-presidente vê a oportunidade de tisnar o período
presidencial que sucedeu ao seu e que, de forma diametralmente oposta, recebeu
dos brasileiros toda a aprovação possível e imaginável.
Quase dois anos após ter deixado a Presidência,
Luiz Inácio Lula da Silva ainda é objeto da admiração e do respeito do povo ao
ponto máximo, a um ponto tão alto que pesquisa de opinião do instituto Sensus
recém-divulgada mostra que nada mais, nada menos do que SETENTA POR CENTO dos
brasileiros querem que Lula governe de novo o Brasil.
FHC, então, sempre contando com uma literal
tentativa de fabricação da realidade por uma mídia que cooptou durante seu
governo, acaba de declarar publicamente que condenações no julgamento do
mensalão irão “manchar” o governo daquele que o sucedeu na Presidência da
República.
De onde o ex-presidente tucano tirou isso? De
alguma pesquisa de opinião? De alguma pitonisa? Nada disso: tirou essa hipótese
de seus desejos mais recônditos de ao menos minimizar o êxito espantoso que ao
menos o povo brasileiro e o mundo atribuem a Lula e ao seu período histórico na
Presidência da República.
O que será registrado nos livros de história
sobre esses dois períodos de governo tão distintos, a retórica dos titulares
dos governos entre 1995 a 2002 e entre 2003 a 2010 e dos aliados de cada um ou
os fatos, ou seja, os resultados finais daqueles governos e a visão do povo
sobre cada um deles?
A história registrará que não apenas Lula jamais
teve fato que o desabonasse comprovado ou sequer analisado pela Justiça como
legou à sucessora um país com a economia entre as mais organizadas do planeta e
com uma situação social infinitamente melhor do que a do período que antecedeu
seu governo pleno de êxitos e realizações que o mundo reconheceu.
Não é fácil reescrever história. Isso porque ela
não é escrita só pelos grandes órgãos de imprensa ou por este ou aquele
escritor ou historiador, mas por uma ampla coalizão de observadores entre os
quais o povo é o protagonista. A história, por fim, é escrita pelos fatos. E
são esses fatos que contrariam a esperança de FHC em uma farsa que ajudou a
erigir.
Fonte
– Blog Viomundo
Nenhum comentário:
Postar um comentário