8 de agosto de 2012

Petistas preparam representação contra Gurgel por 'cartilha do mensalão'


CATIA SEABRA
DE BRASILIA
 
ANDRÉIA SADI
DO "PAINEL", EM BRASÍLIA

Integrantes do PT apresentam na quinta-feira (9) representação contra o procurador-geral da Republica, Roberto Gurgel, no Conselho Nacional do Ministério Público Federal. O motivo é a cartilha produzida pelo Ministério Público para explicar o escândalo do mensalão a crianças.
A representação foi elaborada pelo coordenador do setorial jurídico do PT de São Paulo, Marco Aurélio de Carvalho, e será apresentada por um parlamentar do partido.
O PT questiona o gasto da instituição com a confecção da cartilha e mensagens de apoio a Gurgel, além do motivo de a Procuradoria não ter feito o mesmo com o chamado mensalão mineiro, nem o caso Cachoeira.
A petição afirma que na pagina oficial do Ministerio Público, "custeada com recursos do erário, colhe-se propaganda pronta e acabada sobre os fatos em julgamento, como se verdadeiros fossem e, pior, em linguagem dirigida a menores de idade".

          Reprodução/Site do Ministério Público Federal


        Página do site 'Turminha do MPF' dedicada ao mensalão

A CARTILHA
"Vamos conversar sobre um assunto bem sério", diz o professor Ari. "A ação penal 470, conhecida como mensalão", continua Alex, na companhia de seu cão-guia Bóris.
Singela assim começa a história do mensalão voltada a crianças e adolescentes que está no site infanto-juvenil "Turminha do MPF", espaço do portal do Ministério Público Federal que dá contornos educativos ao caso.
Dentro do tópico "honestidade no dia a dia", o mensalão para menores usa os personagens infantis da "Turminha" para listar crimes a que os réus estão sendo acusados.
Embora o conteúdo seja para jovens a partir de 12 anos, segundo a assessoria da Procuradoria, os textos têm trechos com termos jurídicos, reproduzem esquemas sofisticados e sugere aos jovens a leitura de 55 páginas do processo. A assessoria diz que o caso é "histórico" e o espaço criado contempla a visão do "órgão acusatório".

Fonte Folha de S. Paulo

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