Autor do livro
"Mensalão", com prefácio do ex-presidente do Supremo Tribunal
Federal, Carlos Ayres Britto, o jornalista e "imortal" Merval Pereira
acaba de fazer uma confissão, ao ser entrevistado no GloboNews Literatura; ele
imaginava que o julgamento teria efeitos eleitorais, confirmando o que o
próprio Dirceu disse ao 247, em entrevista exclusiva; "mas o Haddad acabou
eleito", lamentou
247 - Em
entrevista exclusiva ao Sergipe 247, publicada nesta manhã, o ex-ministro da
Casa Civil, José Dirceu, afirmou ao jornalista Valter Lima, nosso
correspondente em Aracaju, que a Ação Penal 470 teve motivação política.
"Vou apresentar meus recursos, os embargos declaratórios e infringentes;
depois, vou caminhar para uma revisão criminal, vou bater às portas do Tribunal
Criminal Internacional, porque o grau de jurisdição não foi obedecido e,
evidentemente, eu não posso ser condenado pela teoria do domínio do fato sem
provas, num julgamento feito às vésperas do primeiro e do segundo turno, como
se fosse uma boca de urna política" (leia mais aqui).
Nesta noite, ao ser entrevistado para o programa
GloboNews Literatura, o jornalista Merval Pereira, que cobriu o julgamento para
as Organizações Globo e, de certa forma, regeu o desenrolar do processo, fez
uma confissão ao jornalista Edney Silvestre. Disse que, nas suas colunas para o
jornal O Globo, cometeu alguns erros de avaliação. "Achei que a condenação
do José Dirceu teria impacto na eleição municipal", afirmou. "Pode
até ter tido algum impacto, mas o Fernando Haddad acabou eleito". Haddad,
do PT, enfrentou e venceu José Serra, do PSDB, que utilizou o julgamento na
campanha eleitoral de 2012.
Parece inacreditável, mas o fato é que Merval,
um "imortal" da Academia de Brasileira de Letras, que agora publica
seu segundo livro (assim como o primeiro, uma coletânea de artigos), admite que
havia um viés eleitoral nas suas análises e, portanto, na sua cobertura do
processo. O jornalista da Globo fez também questão de elogiar o prefácio de
Ayres Britto, que foi questionado por diversos juristas, por ter sido escrito
antes do fim do processo. "É um prefácio maravilhoso, que mostra a
importância do julgamento para a democracia brasileira". Mas Merval afirma
que a justiça só terá sido feita mesmo quando os condenados estiverem atrás das
grades.
Fonte – Brasil247
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