Senador mineiro diz
que o apoio do tucano à sua candidatura à presidência de 2014 é uma questão de
tempo, mas para o ex-prefeito de SP, não há volta; ele acha que Aécio está por
trás do livro "A Privataria Tucana", de 2011, que revelou negócios de
sua filha Veronica; ontem, associada ao bilionário Jorge Paulo Lemann, da
Ambev, Verônica investiu R$ 100 milhões na compra de 20% de uma sorveteria e
leitores sugeriram uma possível internalização de recursos da
"privataria"
247 –
O senador mineiro Aécio Neves (PSDB) tem dito que o apoio do também tucano José
Serra à sua candidatura à presidência de 2014 é uma questão de tempo.
"Teremos o apoio de [José] Serra no momento oportuno". Nos últimos
dias, ele intensificou os encontros com o ex-prefeito de SP e com o governador
Geraldo Alckmin, que foi designado peplo ex-presidente FHC a pacificar a
relação dos dois.
"Serra, temos algo que nos une: o espírito
público e o objetivo de tirar o PT do governo", disse o senador em um
encontro. "Não quero você como aliado, quero você como protagonista."
Mas, apesar dos recentes afagos, o tucano não
parece disposto a esquecer mágoas do passado – que vão muito além da disputa
pela preferência do PSDB. Segundo Mônica Bergamo, da Folha, Serra acha que Aécio
está por trás do livro "A Privataria Tucana", de 2011, em que
negócios de sua filha, Veronica, foram esquadrinhados.O livro revela o papel de
Verônica na montagem de fundos de investimento relacionados à privatização.
Em reportagem publicada ontem pelo 247 (leia
mais aqui), foi a noticiada a compra de 20% da
sorveteria Diletto por R$ 100 milhões pelo fundo Innova, que tem como sócios a
filha de Serra e o bilionário Jorge Paulo Lemann, dono da Ambev, que foi
beneficiado, no governo FHC, pela aprovação da fusão entre Brahma e Antarctica.
Como a Diletto, uma empresa com receitas anuais de apenas R$ 30 milhões, foi
avaliada em R$ 500 milhões pelo Innova, diversos leitores que postaram
comentários no artigo levantaram a hipótese de que a aquisição poderia estar, na
verdade, representando a internalização de recursos da chamada
"privataria".
Leia, abaixo, as notas de Monica Bergamo:
FAMÍLIA
José Serra afasta qualquer possibilidade de se
reconciliar pessoalmente com Aécio Neves, embora militem no PSDB. O
ex-governador de São Paulo acha que o mineiro está por trás do livro "A
Privataria Tucana", de 2011, em que negócios de sua filha, Veronica, foram
esquadrinhados. Não perdoa.
FAMÍLIA 2
O autor, Amaury Ribeiro Jr., diz em um dos
capítulos do livro que foi escalado por um jornal de Minas, ligado a Aécio,
para levantar informações sobre arapongas que Serra teria supostamente colocado
no encalço do mineiro. A partir daí, começou a pesquisar os negócios da família
do paulista. Diz, no entanto, que fez isso por conta própria, "usando da
liberdade conferida aos repórteres especiais" da publicação em que
trabalhava.
Fonte – Brasil247
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