Por Isabel Braga e Evandro Eboli
Jair
Bolsonaro provocou manifestantes e disse que ‘acabou a festa gay’
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Parlamentares
discutem durante sessão da Comissão de Direitos
Humanos
da Câmara, sob a presidência do deputado Marco Feliciano
(PSC-SP)
Givaldo Barbosa / O Globo
|
BRASÍLIA – A tumultuada sessão da Comissão de
Direitos Humanos, além de briga, troca de insultos e protestos, também foi
marcada pela mão forte com que o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) presidiu sua
primeira reunião. Ele recusou até mesmo pedido de seus aliados para suspender a
sessão. Alguns parlamentares, de oposição à sua indicação para o cargo, pediam
a palavra, argumentando 'questão de ordem', e o presidente não os atendia. Em
suas palavras, Feliciano "cassou" a palavra da deputado Erika Kokay
(PT-DF). Por outro lado, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) provocou os
manifestantes contrários a Feliciano dizendo que “acabou a festa gay”.
Durante a sessão, que durou menos de duas horas,
Marco Feliciano e deputados do PSC tentaram ignorar os gritos e palavras de
ordem dos manifestantes, lendo trechos dos requerimentos que estavam sendo
votados ou manifestando suas posições sobre eles. Foram votados seis
requerimentos de audiências públicas, dos oito que estavam na pauta, que não
continha nenhum projeto.
Houve tumulto antes mesmo de começar a sessão.
Manifestantes evangélicos ocuparam todos os assentos destinados a visitantes.
Grupos de defesa dos direitos dos gays chegaram e permaneceram no corredor
lateral, dentro da sala. Após serem provocados por Bolsonaro, representantes do
movimento LGBT responderam
- É esse tipo de representante que vocês querem
defendendo vocês? É esse tipo de cara que vocês querem representando a igreja
de vocês?
Os manifestantes evangélicos aplaudiram e
disseram que sim.
- Enquanto existir essa comissão, os veados vão
estar aqui. A gente saiu do armário, quebramos o armário e não voltamos mais
pra ele – disse um manifestante para Bolsonaro.
Fonte
– oglobo.com
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