Comentario 01
Assassinatos, incêndio, sexo, drogas farão
'mensalão' tucano bombar mais do que caso Eliza Samúdio 25.04.2013 às 09:27
Se o chamado "mensalão" da Ação Penal
470 despertou debates e manchetes nos meios políticos e jurídicos, o
"mensalão" tucano tem todos os ingredientes para bombar também nas
páginas policiais dos jornais e telejornais populares. Em 2013 começa a hora do
pesadelo para o tucanato. Apesar do "mensalão" tucano ter menos réus
e mais amigos no STF, e da velha imprensa preferir varrê-lo para baixo do
tapete, o escândalo tem ingredientes daqueles de despertar interesse de jornais
e programas televisivos populares, do tipo que fazem o Datena e o Ratinho.
Assim como o caso Eliza Samúdio, acabará por pautar o Jornal Nacional e o Fantástico,
mais cedo ou mais tarde. Um dos tristes ingredientes é o caso da modelo
assinada. Para advogado da família da vítima, ela era arquivo vivo do mensalão
tucano: Inquérito 3530/STF apura incêndio criminoso contra Nilton Monteiro e
familiares Nilton Monteiro é um arquivo vivo sobre os malfeitos da turma do
PSDB. Esteve nas campanhas tucanas de 1998 e 2002. Depois de desentendimentos
com o tucanato, denunciou a lista de Furnas (um caixa-2 tucano das eleições de
2002) e uma outra lista atribuída a Marcos Valério, de 1998. Nesta lista de
1998, a modelo assassinada aparece como emissária de R$ 1,8 milhão para o
tucanato mineiro. Valério nega, a Polícia Federal investiga. Perigoso demais,
Monteiro passou a ser perseguido pelo tucanato de Minas desde o governo Aécio
Neves. Setores da polícia civil de Minas o submeteu a um polêmico inquérito,
não para investigar suas denúncias, mas para prendê-lo sem nenhuma condenação e
desacreditá-lo, com características arbitrárias e de intimidação. Suspeita-se
(inclusive através de gravações entre advogados e burocratas tucanos) que
Monteiro só não teve o mesmo destino da modelo, devido a investigação paralela
da Polícia Federal, onde ele entregou boa parte da documentação em seu poder, o
que ajudou a instruir inquérito e processo da Lista de Furnas e ligados ao
mensalão tucano. Um incêndio criminoso na casa de Nilton Monteiro, que provocou
explosão de carros cinematográficas, ameaçou a vida de 9 pessoas, sendo que uma
delas ficou 40 dias na CTI, deu origem ao inquérito 3530 no STF, investigado
pelo Polícia Federal e movido pelo Ministério Público de Minas Gerais, sob
relatoria do ministro Joaquim Barbosa. No inquérito, são investigados o
deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e outros demotucanos, como supostos
mandantes ou financiadores do atentado. Sexo, drogas e crimes O advogado
Joaquim Engler Filho fez parte do grupo operacional clandestino do tucanato
mineiro. Gravou pelo menos 21 encontros que participou (e já encaminhados a
Joaquim Barbosa). Há conversas de baixíssimo nível sobre sexo e drogas,
envolvendo o nome de um importante senador e ex-governador tucano de Minas (é
exatamente quem vocês estão imaginando), porém, como os diálogos são impressão
pessoal dos interlocutores, sem que tenham testemunhado nada, não chega a ter
valor de prova.
O que é muito mais grave são as conversas que giram em torno de
mandantes de crimes, assassinatos, uso de policiais ligados a grupos de
extermínio, subornos e acordos políticos com altas autoridades do poder
judiciário, controle dos meios de comunicação. Quem leu as degravações (a
primeira até a sétima foram vazadas para internet aqui ou aqui), fica com a
desalentadora impressão de que em Minas Gerais está tudo dominado pelo crime
organizado entranhado nos poderes, e precisa de uma Operação Mãos Limpas
semelhante a feita na Itália nos anos 80/90 (aliás, coisa já percebida há anos
pelas pessoas bem informadas que acompanham a política de Minas). A verdade é
que o mensalão tucano tem tudo para ser aquilo e mais um pouco do que a Globo e
a Veja queriam que fosse a Ação Penal 470. Quem conseguirá conter José Serra?
Por mais que FHC e Aécio Neves (PSDB-MG) telefonem para as redações dos
jornalões e TV`s dizendo para não publicarem nada, não haverá como esconder
tanta sujeira debaixo do tapete, já que a blogosfera se encarregará de divulgar
as informações que a Globo, Veja, Folha, Estadão e assemelhados escondem. Mas,
além da blogosfera, há um ingrediente a mais que tira o sono dos tucanos.
Conhecedores do método de José Serra (PSDB-SP) para afastar seus concorrentes
dentro do próprio partido, quem irá contê-lo, diante de dossiês tão fartos
contra seu aqui-inimigo Aécio Neves? - - -
http://saraiva13.blogspot.com.br/2013/01/assassinatos-incendio-sexo-drogas-farao.html
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