"Otávio Cabral,
de Veja, diz que entrevistou 63 pessoas. Não me entrevistou. E deu uma
informação completamente errada citando meu nome", diz a jornalista Mônica
Bergamo, colunista mais influente da Folha, sobre o livro "Dirceu",
lançado neste fim de semana; Cabral afirma que o ex-ministro convidou Bergamo
para que ela aguardasse sua prisão, no fim do ano passado, mas a informação,
segundo a colunista, é falsa; barraco na Folha tende a crescer, uma vez que
Cabral é casado com Vera Magalhães, editora do Painel
247 - A
jornalista Mônica Bergamo, colunista da Folha e profissional de imprensa mais
influente do País, com 281,2 mil seguidores no Twitter, apontou um erro sério
de apuração no livro "Dirceu", a biografia não autorizada de José
Dirceu, escrita por Otávio Cabral, editor da revista Veja. Ela nega ter sido
convidada pelo ex-ministro para acompanhar sua prisão, que poderia ter sido
decretada por Joaquim Barbosa, no fim do ano passado.
"Otávio Cabral, de Veja, diz que
entrevistou 63 pessoas. Não me entrevistou. E deu uma informação completamente
errada citando meu nome", disse Mônica, em seu Twitter.
Cabral citou Mônica Bergamo ao falar de uma
reportagem escrita por ela, quando Dirceu vivia seu momento mais tenso. E
insinua um suposto conluio entre o ex-ministro e a jornalista. Ela, por sua
vez, diz que, como a prisão era esperada, atuou jornalisticamente e foi às 5h
da manhã bater no interfone de Dirceu, que permitiu sua subida. Assim Bergamo
descreve o encontro:
Dirceu tem momentos de tensão à espera da
polícia
Mônica Bergamo
Colunista da Folha
O interfone tocou ontem às 5h30 da manhã na casa
do ex-ministro José Dirceu, na Vila Mariana, em São Paulo.
Um de seus advogados, Rodrigo Dall'Acqua, e
a Folha pediam para subir.
O porteiro hesita. "Como é o seu nome? Ele
[Dirceu] não deixou autorização para vocês subirem, a gente não chama lá cedo
assim." Ele acaba tocando no apartamento do ex-ministro, ninguém atende.
Dall'Acqua liga para o advogado José Luis Oliveira Lima, que está a caminho.
Telefonemas são trocados, e Dirceu autoriza a subida.
Na saída do elevador, o ex-ministro abre a porta
de madeira que dá para o hall. Por uma fresta, pede alguns minutos para se
trocar.
Abre a porta.
Pega a Folha entre vários
jornais sobre uma mesa. Comenta algumas notícias. Nada sobre a possibilidade de
Joaquim Barbosa, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), decretar a sua
prisão ainda naquela manhã.
Intuição
Está de camiseta preta e calça jeans cinza.
Senta no sofá da sala. A empregada ainda não
chegou. Ele se desculpa. Não tem nada o que servir.
"Eu não vou dar entrevista para você,
não", diz à colunista da Folha. "Podemos conversar, mas não quero
gravar. Não estou com cabeça. Dar uma entrevista agora, sem saber se vou ser
preso? É loucura, eu não consigo."
E, diante da insistência: "Estou com uma
intuição, não devo dar".
Em poucos minutos, chegam o advogado Oliveira
Lima, três assessores e uma repórter que trabalha no blog que o petista mantém.
Dirceu pega o seu iPad.
"Acho que eu vou lá [no escritório do
apartamento] fazer um artigo para o blog. Mas falar sobre a situação econômica
do Brasil, gente? Hoje? Eu não estou com cabeça."
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O caso tem potencial para criar um pequeno
barraco na Folha de S. Paulo, onde outra das principais colunistas, a
jornalista Vera Magalhães, é casada com Otávio Cabral. No Twitter, ela e Cabral
costumam trocar juras de amor. Até agora, Vera, que edita o Painel, não se
manifestou sobre o erro apontado pela colega Mônica Bergamo no livro do
maridão.
Fonte
– Brasil247
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