Seis repórteres do grupo Folha foram
feridos por estilhaços de bala de borracha da PM, entre os quais Giuliana
Vallone (foto: Diego Zanchetta/Estadão), via blog Feridos
no protesto
Jornalistas são presos e feridos em protestos de
SP
O repórter Piero Locatelli, de CartaCapital,
foi detido e depois solto. Seis jornalistas da Folha ficaram feridos. De forma
irresponsável, Estadão e Folha incitaram a violência da PM em editorial
Por Lino Bocchini, em CartaCapital
Durante o quarto protesto por conta do aumento
da tarifa de ônibus hoje em São Paulo, seis repórteres do grupo Folha
foram alvejados à queima-roupa por um policial da Rota, na rua Augusta, em São
Paulo. A bala era de borracha, mas os estilhaços feriram 6 profissionais. Dois
deles, nos olhos. Essa foi apenas uma das dezenas de cenas de violência
protagonizadas pela Polícia Militar do Estado de São Paulo nesta quinta-feira
na capital paulista.
As prisões, muitas com indícios de
arbitrariedade, contam-se às dezenas. Poucas horas antes, pela manhã, os dois
maiores jornais do Estado chegavam às bancas e às casas dos assinantes com
editoriais defendendo uma ação mais dura da PM. O Estadão incitou a
violência dos policiais claramente. A Folha, por sua vez, colocou a
desocupação da avenida Paulista como ponto de honra, desde o título. Ambos foram
atendidos:
“Chegou a hora do basta”, O Estado de S. Paulo:
“A PM agiu com moderação, ao contrário do que
disseram os manifestantes, que a acusaram de truculência para justificar os
seus atos de vandalismo (…) A atitude excessivamente moderada do governador já
cansava a população. Não importa se ele estava convencido de que a moderação
era a atitude mais adequada, ou se, por cálculo político, evitou parecer
truculento. O fato é que a população quer o fim da baderna – e isso depende do
rigor das autoridades (…) De Paris, onde se encontra para defender a
candidatura de São Paulo à sede da Exposição Universal de 2020, o governador
disse que “é intolerável a ação de baderneiros e vândalos. Isso extrapola o
direito de expressão. É absoluta violência, inaceitável”. Espera-se que ele
passe dessas palavras aos atos e determine que a PM aja com o máximo rigor para
conter a fúria dos manifestantes, antes que ela tome conta da cidade.”
“Retomar a Paulista”, Folha de S. Paulo:
“É hora de pôr um ponto final nisso. Prefeitura
e Polícia Militar precisam fazer valer as restrições já existentes para
protestos na avenida Paulista (…) No que toca ao vandalismo, só há um meio
de combatê-lo: a força da lei”.
Fonte
– viomundo.com.br
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