Questionado sobre a aprovação da criação de mais
Tribunais Regionais Federais (TRF’s) Joaquim Barbosa, presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), respondeu com um desdenhador “quem se importa?”. Mas
não foi um simples “quem se importa?”, foi em inglês. Afinal, tudo que gringo é
mais bacana, não é?
Barbosa parece não se importar muito com um monte de
coisas. Com a liturgia do cargo que ocupa, com a autonomia entre os poderes da
República, com o rigor constitucional de verdade sem falas e posturas
justicialistas – como ele mesmo afirmou “a Constituição é o que o STF diz que
é”. Ele parece não se importar com a relação promíscua que tem com setores da
“grande imprensa”, pagando dos cofres do Supremo, viagens para que jornalistas
façam sua assessoria nos jornalões.
Ele parece não se importar com a relação entre seus
pares e desses com a sociedade em geral. Realmente, Joaquim Barbosa não dá a
mínima importância para o que acontece ao seu redor, exceto se isso ou aquilo
vai lhe render capas de salvador da pátria em pseudorrevista falida ou em
programa televisivo dos domingos ou mesmo se a DC Comics, detentora dos
direitos do Batman, vai fazer uma versão do herói com ele ao invés do Bruce
Wayne. Será?
Nem adianta falar muito sobre as inúmeras coisas que
Joaquim Barbosa não se importa, ele não se importa mesmo. O que ele gosta é de
aparecer, de achincalhar jornalista, advogados, juízes de outras esferas e, até
o STJ, ele o chamou de burocrático. Mas não se importou em deixar oito mil
processos parados para o novo ministro do STF, Luís Roberto Barroso. Afinal de
contas, com o quê o supremo presidente do Supremo tem que se importar? Deve
pensar o “bat-ministro”.
Sobre essas e outras questões acerca do que não se
importa Joaquim Barbosa, a resposta deve ser em espanhol. Já que El usou o
idioma da “gringolândia”, usemos os de nossos irmãos latino-americanos: nosotros nos importamos!
Fonte – Blog do Cadu
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