Do Brasil247
- 7/7/2012
Acostumado
a "pagar e levar", pela primeira vez o bicheiro Carlos Cachoeira
experimenta sensação oposta: a de não receber a mercadoria; contratado por R$
15 milhões, Thomaz Bastos perdeu todos habeas corpus que impetrou; Cachoeira,
por sua vez, teve que vender um laboratório para pagá-lo
247 – Preso há quase cinco meses, o bicheiro Carlos
Augusto Ramos já tentou de tudo para se sair da prisão. Contratou o advogado
mais caro do País, entrou com quatro pedidos de habeas corpus, mas, em todos,
foi derrotado. Nas tentativas mais recentes, sua defesa apelou para argumentos
que também foram rejeitados. Primeiro, a depressão. Depois, o risco de
“autoextermínio”, ou seja, de que Cachoeira se suicidasse na prisão.
Neste sábado, a coluna do jornalista Claudio
Humberto informa que a paciência de Cachoeira chegou ao fim. “Preso há cinco
meses, abatido, pagando R$ 15 milhões ao advogado estrelado que não ganha um só
habeas corpus a seu favor, Carlos Cachoeira está à beira de chutar o advogado.
E o balde”, diz o texto da nota.
Acostumado a sempre “pagar e levar”, comprando
políticos e recebendo em troca todo tipo de apoio, Cachoeira estaria, pela
primeira vez, experimentando uma situação oposta: a de pagar e não receber a
mercadoria esperada. Thomaz Bastos, apesar da reputação de exímio criminalista,
perdeu em todas as tentativas. E Cachoeira, por sua vez, teve que se desfazer
de um importante negócio para pagar os honorários.
De onde vem o dinheiro? Essa pergunta que, desde
o início da Operação Monte Carlo intrigou muitos comentaristas, tem uma
resposta. Para pagar os honorários milionários, o bicheiro teve que se desfazer
de sua participação acionária no ICF, um instituto de certificação de remédios
em Anápolis, que atesta se produtos genéricos cumprem os requisitos de
bioequivalência. Um bom negócio agora perdido para os outros dois sócios no
empreendimento: os laboratórios Teuto e União Química.
Mau negócio recíproco
Se a contratação de Thomaz Bastos foi um mau
negócio para Cachoeira, pode-se dizer que a recíproca é também verdadeira. Ao
prestar serviços para um notório contraventor depois de deixar o Ministério da
Justiça, Thomaz Bastos colocou em risco sua reputação de homem preocupado com a
ética e com a conduta republicana. E ao perder também todos os pedidos de
habeas corpus, ele agora arrisca a fama de melhor criminalista do Brasil.
Fonte Blog do Saraiva
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