Por
Altamiro Borges
O
discurso de ontem do ex-demo Demóstenes Torres no plenário vazio do Senado foi
patético. O conhecido jagunço de reputações, eleito pela revista Veja como “o
mosqueteiro da ética”, travestiu-se de santo na desesperada e derradeira
tentativa de preservar o seu mandato. Ele jurou não pertencer à quadrilha de
Carlinhos Cachoeira e implorou por clemência.
Apenas
cinco senadores assistiram a sua encenação. “Hoje peço perdão por algum
constrangimento ou decepção possivelmente causados”, afirmou o ex-valentão, que
nunca perdoou seus oponentes e promoveu inúmeros assassinatos morais. Ele
sempre foi bajulado pela mídia demotucana como um intrépido paladino da
moralidade, mas ontem foi obrigado a se fingir de humilde.
“Jogado
aos leões”
Demóstenes
Torres está desesperado. O pedido de sua cassação foi aprovado por unanimidade
na Comissão de Ética do Senado e será votado no plenário no próximo dia 11. Até
lá, o ex-demo promete abandonar a tática do silêncio e usar a tribuna
diariamente para se defender. Ontem ele insinuou que pode partir para a vingança
contra os ex-amigos por ter sido “jogado aos leões”.
Ele
reclamou do seu isolamento nestes “135 dias de calvário sem tréguas”. Meloso,
ele exagerou: “Meu organismo não tem mais lágrimas a verter”. Será que
Demóstenes Torres, o ex-valentão, abandonará o papel patético de vítima chorosa
para desmascarar os falsos moralistas que sempre o paparicaram?
Fonte Blog do Miro
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