4 de julho de 2012

Demóstenes: jagunço implora perdão


Por Altamiro Borges

O discurso de ontem do ex-demo Demóstenes Torres no plenário vazio do Senado foi patético. O conhecido jagunço de reputações, eleito pela revista Veja como “o mosqueteiro da ética”, travestiu-se de santo na desesperada e derradeira tentativa de preservar o seu mandato. Ele jurou não pertencer à quadrilha de Carlinhos Cachoeira e implorou por clemência.
Apenas cinco senadores assistiram a sua encenação. “Hoje peço perdão por algum constrangimento ou decepção possivelmente causados”, afirmou o ex-valentão, que nunca perdoou seus oponentes e promoveu inúmeros assassinatos morais. Ele sempre foi bajulado pela mídia demotucana como um intrépido paladino da moralidade, mas ontem foi obrigado a se fingir de humilde.

“Jogado aos leões”

Demóstenes Torres está desesperado. O pedido de sua cassação foi aprovado por unanimidade na Comissão de Ética do Senado e será votado no plenário no próximo dia 11. Até lá, o ex-demo promete abandonar a tática do silêncio e usar a tribuna diariamente para se defender. Ontem ele insinuou que pode partir para a vingança contra os ex-amigos por ter sido “jogado aos leões”.
Ele reclamou do seu isolamento nestes “135 dias de calvário sem tréguas”. Meloso, ele exagerou: “Meu organismo não tem mais lágrimas a verter”. Será que Demóstenes Torres, o ex-valentão, abandonará o papel patético de vítima chorosa para desmascarar os falsos moralistas que sempre o paparicaram? 

Fonte Blog do Miro

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