Em uma demonstração de poder
rara na história católica, o Papa Bento XVI demitiu o bispo Robert Bezak, de
Trnava, na Eslováquia, nesta terça-feira, segundo informações da Agência AP.
Apesar da discrição do Vaticano, que não especificou as razões da demissão, o
acontecimento rapidamente repercutiu nos Estados Unidos, onde juízes pedem
punição papal a padres envolvidos em casos de pedofilia.
As ações judiciais americanas
tentam responsabilizar o Papa por abusos sexuais realizados por clérigos, mas a
Santa Sé afirmam que apenas os bispos são senhores de suas dioceses e a
influência do Vaticano é limitada nesses casos. As recentes demissões, porém,
podem ser usadas para alegar o contrário.
"Se o Papa pode demitir
um bispo, isso implica que ele é seu supervisor", disse Nick Cafardi,
ex-presidente dos bispos dos Estados Unidos e membro de um conselho que analisa
crimes sexuais na Igreja Católica. "As ações que querem incriminar o Papa
ganham força", declarou.
Em 2011, Bento XVI demitiu
outros três bispos: um austríaco, por defender a ordenação de mulheres e pessoas
casadas; além de um italiano e um congolês, por problemas em suas dioceses.
Tradicionalmente, em papados
anteriores, clérigos que enfrentaram algum tipo de rejeição da Igreja foram
persuadidos a renunciarem, sem a necessidade de intervenção.
Fonte Site do Terra
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