Em Paris, presidenta afirma que vai atuar todas as
vezes que se tente tirar do ex-presidente 'a imensa carga de respeito que o
povo brasileiro lhe tem'; presidente do Instituto Lula duvida de versão
divulgada por jornal
Dilma participou na Europa da abertura de um
seminário promovido pelo
Instituto Lula (Foto: Ricardo Stuckert.
Instituto Lula)
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São Paulo – A presidenta Dilma
Rousseff declarou em Paris, onde participa da abertura do Fórum pelo Progresso
Social, que rejeita as investidas que visam a desgastar a imagem do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "É sabida a minha admiração, o
meu respeito e a minha amizade pelo presidente Lula. Portanto, eu repudio todas
as tentativas – e esta não será a primeira vez – de tentar
destituí-lo da imensa carga de respeito que o povo brasileiro lhe tem",
disse ela a jornalistas na capital francesa. "Essa é uma questão que eu
devo responder no Brasil, mas eu não poderia deixar de assinalar que acho
lamentável essas tentativas de desgastar a imagem do ex-presidente Lula",
acrescentou a presidenta, segundo reportagem da Folha Online.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo,
o empresário Marcos Valério afirmou, em depoimento prestado em setembro à
Procuradoria-Geral da República, para se valer do benefício da delação
premiada, que o chamado esquema do "mensalão" ajudou a bancar
"despesas pessoais" do ex-presidente.
Também em Paris, onde participa de seminário
promovido pelo Instituto Lula, o presidente da entidade, Paulo Okamotto,
colocou em dúvida a versão do diário, responsável por difundir ainda a
informação de que Valério teria sido ameaçado de morte pelo assessor do
ex-presidente caso divulgasse qualquer coisa a respeito do caso. "Por que
eu vou ameaçar ele de morte? Duvido que ele tenha falado isso", afirmou
Okamotto a jornalistas. "Não tenho nenhum motivo para desejar mal ao
Marcos Valério. Conheci ele depois do episódio do mensalão. (...) Eu me
sinto tranquilo."
Na Câmara dos Deputados, partidos de oposição
cobraram explicação sobre a denúncia. O líder do PPS, Rubens Bueno (PR), disse
que a legenda já apresentou uma representação ao procurador-geral da República,
Roberto Gurgel, para investigar as novas denúncias de Valério.
Segundo a Agência Câmara, o líder do
PSDB, deputado Bruno Araújo (PE), quer a divulgação do depoimento de Valério.
"Queremos que o Ministério Público dê transparência e divida com o Brasil
e com a imprensa as denúncias feitas por Marcos Valério. Não há nada do ponto
de vista legal que proteja essas informações", disse. Se não houver
maioria para aprovar um convite para Valério depor no Congresso, defende Araújo,
ele deveria ir ao Parlamento “informalmente".
Perguntado se acha que há necessidade de invesitgações, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, relator da Ação Penal 470 (mensalão) na Suprema Corte, disse apenas: "Eu creio que sim", segundo a Agência Brasil.
Perguntado se acha que há necessidade de invesitgações, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, relator da Ação Penal 470 (mensalão) na Suprema Corte, disse apenas: "Eu creio que sim", segundo a Agência Brasil.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel,
declarou, por meio de sua assessoria, que não fará nenhum comentário sobre o
assunto. Ele disse que só falará depois da conclusão do julgamento do mensalão
pelo Supremo Tribunal Federal.
José Dirceu
Em seu blog, o ex-ministro chefe da Casa Civil,
José Dirceu, postou nota de seu advogado, José Luis Oliveira Lima, refutando as
informações divulgadas pelo jornal paulistano. “A prova testemunhal e
documental produzida na Ação Penal 470 (mensalão) demonstrou de maneira cabal
que a nova declaração de Marcos Valério não tem qualquer procedência”, diz
Oliveira Lima.
Segundo o advogado, “o ex-ministro José Dirceu
jamais se reuniu com Marcos Valério, com o ex-presidente Lula e Delúbio Soares
no Palácio do Planalto, bem como nunca conversou qualquer assunto com ele
(Valério), muito menos a respeito de financiamentos de campanhas”. Oliveira
Lima também afirma que “Dirceu jamais foi ameaçado por Ronan Maria Pinto. A
quebra do sigilo fiscal e telefônico do ex-ministro deixou patente a ausência
de relação com Marcos Valério”.
O Partido dos Trabalhadores divulgou nota
oficial, assinada pelo presidente da legenda. O comunicado também refuta as
informações do Estadão: “Caso essas declarações efetivamente tenham
sito feitas em uma tentativa de ‘delação premiada’, deveriam ser tratadas com a
cautela que se exige nesse tipo de caso. Infelizmente, isso não aconteceu”. No
comunicado, Rui Falcão diz que "é alvo constante de setores da sociedade
que perderam privilégios” durante o dois mandatos de Lula e o atual, de Dilma
Rousseff.
Fonte
– redebrasilatual.com.br
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