14 de junho de 2012

Só Perillo não viu


Dora Kramer - O Estado de S.Paulo

Também não viu nem ouviu coisa alguma sobre um vídeo divulgado no ano de 2004 em que Cachoeira e Waldomiro Diniz, este como presidente da Loterj e aquele como representante de consórcio prestador de serviços à autarquia fluminense, dialogavam sobre o pagamento de um porcentual do valor de contrato para financiamento de campanhas eleitorais.
A acreditar nessa versão, Perillo teria sido o único.
O governador foi contraditório na diferença de tratamento adotada conforme a situação. Quando relatava encontros em dois jantares, uma audiência em palácio de governo e telefonema de cumprimentos por ocasião do aniversário, o Perillo referiu-se a Carlos Augusto Ramos como "empresário".
Quando lhe interessou marcar distância, citou gravação da Polícia Federal em que Cachoeira reclamava com a mulher da ação do governo contra o jogo ilegal, para mostrá-lo como contraventor caçado pela polícia de Goiás.
Se era alvo da polícia, por que o governador telefonou para cumprimentá-lo? A quem fez a gentileza, ao contraventor ou ao empresário?
Dúvida que fica. Não a única.
Há elos a serem esclarecidos: a proximidade da ex-chefe de gabinete do governador com Cachoeira a quem é ligada a pessoa jurídica compradora do imóvel onde foi preso nosso personagem, em negócio intermediado por Wladimir Garcez, dublê de funcionário da Delta e agente facilitador do contraventor junto ao poder público.

“Vejam que o texto foi escrito por Dora Kramer do Estadão, jornalista e jornal que sempre tentam acusar o governo (tanto o de Lula como o atual) e aceitar o discurso da oposição – leia-se aqui – PSDB e DEM.”
Nota do autor do Blog

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