Dora Kramer - O Estado de S.Paulo
Também não viu nem ouviu coisa alguma sobre um
vídeo divulgado no ano de 2004 em que Cachoeira e Waldomiro Diniz, este como
presidente da Loterj e aquele como representante de consórcio prestador de
serviços à autarquia fluminense, dialogavam sobre o pagamento de um porcentual
do valor de contrato para financiamento de campanhas eleitorais.
A acreditar nessa versão, Perillo teria sido o
único.
O governador foi contraditório na diferença de
tratamento adotada conforme a situação. Quando relatava encontros em dois
jantares, uma audiência em palácio de governo e telefonema de cumprimentos por
ocasião do aniversário, o Perillo referiu-se a Carlos Augusto Ramos como
"empresário".
Quando lhe interessou marcar distância, citou
gravação da Polícia Federal em que Cachoeira reclamava com a mulher da ação do
governo contra o jogo ilegal, para mostrá-lo como contraventor caçado pela
polícia de Goiás.
Se era alvo da polícia, por que o governador
telefonou para cumprimentá-lo? A quem fez a gentileza, ao contraventor ou ao
empresário?
Dúvida que fica. Não a única.
Há elos a serem esclarecidos: a proximidade da
ex-chefe de gabinete do governador com Cachoeira a quem é ligada a pessoa
jurídica compradora do imóvel onde foi preso nosso personagem, em negócio
intermediado por Wladimir Garcez, dublê de funcionário da Delta e agente
facilitador do contraventor junto ao poder público.
“Vejam que o texto foi escrito por Dora Kramer do
Estadão, jornalista e jornal que sempre tentam acusar o governo (tanto o de
Lula como o atual) e aceitar o discurso da oposição – leia-se aqui – PSDB e
DEM.”
Nota do autor do Blog
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