Documento
da CPI revela que o deputado Fernando Francischini (PSDB/PR) articulou montagem
de dossiê contra o governador Agnelo Queiroz, do Distrito Federal, que seria
entregue ao procurador-geral, Roberto Gurgel; da trama, participaram ainda
arapongas de Carlos Cachoeira e jornalistas de Brasília; isenção política de
Gurgel é colocada em xeque
247 – O
site Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, publicou, neste
domingo, um documento ainda inédito da CPI do caso Cachoeira, que cita o
procurador-geral da República, Roberto Gurgel (leia aqui).
São conversas que envolvem o deputado Fernando
Francischini (PSDB-PR) e o araponga Idalberto Matias, o Dadá, além de
personagens conhecidos da política brasiliense, como o ex-senador Alberto
Fraga, do DEM, e os jornalistas Edson Sombra e Mino Pedrosa. Ambos, críticos
ferozes da gestão de Agnelo Queiroz, do PT, no governo do Distrito Federal.
Já se sabia que Francischini pensava em mudar
seu domicílio eleitoral do Paraná para Brasília, onde concorreria ao GDF em
2014 – a revelação foi feita, aqui, no 247. A novidade é que, pela primeira
vez, há grampos que citam o nome do procurador-geral da República, Roberto
Gurgel.
Nos diálogos, interlocutores de Dadá articulam
para que Gurgel apresente denúncia contra Agnelo Queiroz. O trabalho do grupo
envolvia, ainda, a publicação de notícias em blogs políticos de Brasília contra
o governador.
Num email interceptado pela Polícia Federal,
Alberto Fraga sugere a Edson Sombra que fale com Mino Pedrosa para maneirar as
denúncias contra Agnelo, para não prejudicar o trabalho do procurador-geral.
“Você tem que falar com o Etelmino para ele ir com calma. Pois todo esse
alvoroço pode até atrapalhar o trabalho que o Gurgel está fazendo junto com o
Francischini”.
No início do ano, o deputado tucano denunciou,
na revista Veja, a existência de uma central de grampos, no governo do Distrito
Federal, contra adversários políticos de Agnelo Queiroz. Ele estaria entre os
alvos, assim como os jornalistas Edson Sombra e Mino Pedrosa. Em abril,
Francischini disse até que pediria a prisão do governador do Distrito Federal.
O que o documento publicado neste domingo
revela, no entanto, é bem diferente. Era Francischini quem tramava com Dadá,
Carlos Cachoeira, Alberto Fraga e blogueiros de Brasília a queda do governador.
O que ainda não se sabe é qual era o grau de envolvimento do procurador Gurgel
na trama.



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