Por Assis Ribeiro
Da Carta Capital
Citado numa lista de beneficiados pelo esquema
de arrecadação ilegal do valereoduto tucano em Minas Gerais, o ministro do
Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes tenta agora desqualificar a acusação
dizendo que, na época dos depósitos, ainda não atuava na Advocacia Geral da
União (AGU), como é citado no documento.
O ministro do STF na lista dos beneficiários do
esquema
A lista faz discriminadas informações como o
nome do beneficiário, cargo, intermediário e valor do pagamento – no caso de
Mendes, 185 mil reais. O esquema montado pelo publicitário Marcos Valério
vigorou durante as eleições de 1998 e supostamente abasteceu o caixa dois da
campanha de Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo de Minas.
Em sua defesa, Mendes afirmou, em entrevistas
recentes, que na época não atuava na AGU, algo que só aconteceria em 2000. O
que ele não contou é que em 1998 ele trabalhava na Subchefia para Assuntos da
Casa Civil, uma unidade ligada à AGU.
Mendes insiste em dizer que a lista é falsa, mas
a documentação foi entregue à Polícia Federal pelo advogado Dino Miraglia
Filho, de Belo Horizonte. Ele defende a família da modelo Cristiana Aparecida
Ferreira, assassinada em 2000. Segundo Miraglia, a morte foi “queima de
arquivo”, pois a modelo participava do esquema e era escalada para transportar
malas de dinheiro. Na lista, Cristiana aparece como destinatária de 1,8 milhão
de reais.
A lista traz ainda nomes de governadores,
deputados e senadores. Entre os doadores, empresas públicas e prefeituras
proibidas de fazer doações de campanha. O banqueiro Daniel Dantas também
aparece como repassador de dinheiro ao caixa 2.
Fonte
Blog do Nassif

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