Baseado
na Obra de Chico Xavier, pelo espírito André Luiz
Quando o carro da
bela e jovem Evelina (Amanda Costa) quebra na estrada, ela não faz ideia de
como seus caminhos serão profundamente alterados para sempre. Socorrida pelo
gentil Ernesto (Luiz Baccelli), Evelina logo fica sabendo que tanto ele como
ela estão indo exatamente para o mesmo hotel. Coincidência? Talvez, mas Ernesto
não acredita em coincidências.
Imediatamente eles
desenvolvem uma amizade tão sólida que persistirá quando ambos passam para o
outro plano. Será ali, do outro lado da vida, que Evelina e Ernesto enfrentarão
enormes dificuldades e desafios, onde não faltarão surpresas e surpreendentes
revelações.
O filme é baseado no
best-seller espírita "E a Vida Continua...", de 1968 pelo espírito
André Luiz, psicografado por Chico Xavier. Trata-se do 13º e último livro da
série “A Vida no Mundo Espiritual”.
Amanda
Acosta, Luiz Baccelli, Ana Rosa e Lima Duarte formam o elenco
principal, a direção e o roteiro ficam por conta de Paulo Figueiredo.
Confira a entrevista
com o roteirista e diretor do filme, Paulo Figueiredo:
Como
e quando começou seu interesse por temas Espíritas e/ou Espiritualistas?
Paulo
Figueiredo - Uma espécie de “cruzamento de dados” a respeito
da vida me despertou o interesse pelo espiritualismo em geral, e, mais
especificamente, pelo Espiritismo. Fatos isolados ou sequências de fatos ao
longo da minha existência me abriram os olhos para uma Realidade além do
alcance material desses mesmos olhos.
Como
você vê a ascensão deste tipo de Cinema (Espírita ou Espiritualista) no Brasil?
Paulo
Figueiredo - Assim como ocorre comigo, creio que milhões de
pessoas pelo mundo afora percebem esse algo mais a propósito da vida. Dessas,
uma boa parcela se dedica às artes e à comunicação através das diversas mídias,
com destaque para o cinema e a TV. A consciência quanto ao potencial desses
meios existe desde sempre. O despertar dessa consciência para a utilização
superior deles começou a acontecer há não muito tempo. E é comovedoramente
bem-vindo.
Paulo
Figueiredo - No início de 1970 li pela primeira vez "E
a vida continua"..., e me senti fascinado pela história de Ernesto e
Evelina. Pensei numa peça teatral, cheguei a escrever parte dela, tive
oportunidade até mesmo de falar sobre o projeto com nosso sempre querido Chico
Xavier, que ouviu generosamente e me estimulou a levar adiante a ideia. Porém,
o empreendimento se revelou inviável, principalmente por razões econômicas. Em
época recente, por volta de 2004, conheci Oceano Vieira de Melo, historiador e
documentarista Espírita dos mais atuantes, juntamos nossos entusiasmos e o
projeto foi redirecionado para o cinema. Em 2005 comecei a “construir” o
roteiro, em seus primeiros tratamentos, num processo de depuração, versões
sucessivas até o texto final aprovado pela FEB – Federação Espírita Brasileira
- já em 2009. Então iniciamos os trabalhos de pré-produção, produção e
finalmente pós-produção, uma tarefa que do nosso tempo consumiu três anos, mas
nos deu uma felicidade que em tempo nenhum desaparecerá.
Quais
foram as principais dificuldades e os maiores prazeres em dirigir "E a
Vida Continua"?
Paulo
Figueiredo - Dificuldade é uma palavra constantemente ouvida
no set de filmagem. Quando um assistente se aproxima do diretor, em geral a
conversa começa com: “Temos uma dificuldade”. São tão inúmeros quanto
inesperados os motivos para isso. Ruídos ambientes que impedem a gravação de
diálogos, movimentação de pessoas, veículos, chuvas imprevistas, defeito no
equipamento, eventual doença de alguém muito importante na realização do filme.
Por ser trabalho de equipe, uma ausência pode significar prejuízo,
impossibilidade, atraso. Isto para falar do dia-a-dia, do lado prático. Há
questões mais problemáticas a considerar, e prefiro não dar espaço a elas,
nesta matéria. Melhor falar das alegrias. Os atores, pessoal técnico, de
produção, mais as pessoas e instituições de fora que decisivamente colaboraram
conosco só me deram motivos para sorrir e agradecer o tempo todo. Foi como se
aquela gente já tivesse sido escolhida e reunida para esse filme desde sempre.
E eu, arrogante e pretensioso como qualquer ser humano ainda imaturo, achei que
eu os tinha escolhido.
Já
tem projetos para próximos longas metragens para o Cinema?
Paulo
Figueiredo - Tenho um roteiro pronto, aguardando aprovação
da FEB: “Sexo e destino”, também da obra de André Luiz psicografada por Chico
Xavier.
Fonte – Cinema.com.br
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