Assinado por seu
advogado, Luiz Fernando Pacheco, texto afirma que a condenação sem provas
"merece reparação seja quando for, onde for e de quem for" e que a
"aplicação da pena é apenas a decorrência maior da injustiça já antes
perpetrada"; leia a íntegra
247 –
Depois de ver seu cliente, José Genoino, condenado nesta segunda-feira 12 pelo
STF a seis anos e 11 meses de prisão, além de uma multa de R$ 468 mil, o
advogado Luiz Fernando Pacheco declara em nota que a "aplicação da pena é
apenas a decorrência maior da injustiça já antes perpetrada".
Pacheco afirma que o ex-presidente do PT,
considerado culpado na Ação Penal 470 pelos crimes de corrupção ativa e
formação de quadrilha, "continuará batalhando junto ao Supremo a causa de
sua inocência". A condenação sem provas, diz ele, merece reparação "seja
quando for, onde for e de quem for".
Leia abaixo a íntegra da nota:
NOTA: Sobre a definição da pena a ser aplicada a
José Genoíno
José Genoíno e sua defesa reiteram seu respeito
ao Supremo Tribunal Federal.
A aplicação da pena é apenas a decorrência maior
da injustiça já antes perpetrada. Sua condenação contraria toda a prova dos
autos.
Irresignado, o acusado viverá até o fim de seus
dias. E isso quer dizer que continuará batalhando junto ao Supremo a causa de
sua inocência. Condenação sem o mínimo indício de prova merece reparação seja
quando for, onde for e de quem for.
Homem público reconhecido por sua Ética, por sua
Moral ilibada, por sua vida de dedicação ao projeto de País no qual sempre
acreditou e acredita. Exemplo de bom servidor, pai, marido e avô. Exemplo de
amigo, de companheiro de seus companheiros, de fraterno porém corajoso lutador,
que não esmorece e nem esmorecerá jamais diante de qualquer que seja a
adversidade.
Homem de guerrilha, prisão e tortura, batalhador
congressista que foi, não se impressiona com a condenação de agora. Antes,
encara e de peito aberto e cabeça erguida. Foi feito um juízo – e dele mais uma
vez discorda firme e energicamente – um juízo de valor sob a égide do Estado de
Direito. Convém respeitá-lo.
Aceitá-lo, jamais!
Vencido foi o réu e vencida foi a própria
Justiça! Paciência. Resignação, de parte do acusado, nunca! Paciência e
submissão às ordens emanadas da mais elevada Corte, sob o regime do Estado de
Direito, sim.
Subserviência, jamais!
Luiz Fernando Pacheco – advogado de José Genoíno
Neto
Fonte
– Brasil247
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