Blog da Cidadania,
ligado ao Movimento dos Sem Mídia, publica manifesto em homenagem ao ministro
revisor da Ação Penal 470, que "deu ao Brasil uma aula de decência e
coragem" durante o julgamento do chamado 'mensalão'
247 –
O Blog da Cidadania,
administrado pelo presidente do Movimento dos Sem Mídia, Eduardo Guimarães,
decidiu publicar uma manifesto em homenagem ao ministro revisor da Ação Penal
470, Ricardo Lewandowski, quem "deu ao Brasil uma aula de decência e
coragem" durante o julgamento do chamado "mensalão", segundo o
site.
Conforme aponta o blog, o ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) "não se vergou a pressões, a intimidações, a
insultos e à chacota" durante seus discursos na corte suprema. Dos líderes
petistas na lista de réus do processo, Lewandowski absolveu o ex-ministro José
Dirceu e o ex-presidente do PT, José Genoino, ato que procovou fortes críticas
dos colegas do tribunal, especialmente do relator, Joaquim Barbosa.
O manifesto acusa os ministros Carlos Ayres
Britto, Cezar Peluzzo, Cármem Lúcia, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa, Luiz Fux,
Marco Aurélio Mello, Rosa Weber e Celso de Mello de trocar "o julgamento
da história pelo julgamento da mídia e da opinião publicada". Já sobre
Antonio Dias Toffoli, diz o texto, "apesar de nadar contra a maré quanto a
Dirceu, em algum momento se deixou intimidar. Lewandoski, não".
Leia abaixo a íntegra do manifesto:
Assine o manifesto de apoio ao ministro Ricardo
Lewandowski
Tardiamente, cumpre ao Blog da Cidadania fazer
uma homenagem a um homem que, desafiando os poderes imensuráveis que colocaram
seus pares no STF de joelhos, deu ao Brasil uma aula de decência e coragem.
O carioca Enrique Ricardo Lewandoski, de 64
anos, desde o primeiro momento do julgamento da ação penal 470 não se vergou a
pressões, a intimidações, a insultos e à chacota.
Foi atacado, ridicularizado, achincalhado,
difamado pela grande imprensa e até por grande parte dos seus pares no STF,
sobretudo quando absolveu José Dirceu da condenação por corrupção ativa, e
rejeitou a tese, jamais provada, de que o PT teria "comprado votos".
Ao justificar seu voto absolvendo Dirceu,
recorreu ao principal teórico da atualidade sobre a teoria jurídica usada para
condenar o ex-ministro, o alemão Claus Roxin, que, segundo Lewandoski,
divergiria da interpretação da maioria esmagadora do STF sobre o Domínio do
Fato.
Em 11 de novembro de 2011, passadas as
condenações com base nessa teoria, o jornal Folha de São Paulo publica
entrevista do teórico alemão que repudia a interpretação que os pares de
Lewandoski deram ao seu trabalho.
Os ministros Carlos Ayres Britto, Cezar Peluzzo,
Carmem Lúcia, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Marco Aurélio Mello,
Rosa Weber e Celso de Mello, portanto, trocaram o julgamento da história pelo
julgamento da mídia e da opinião publicada.
Até José Antonio Dias Tóffoli, apesar de nadar
contra a maré quanto a Dirceu, em algum momento se deixou intimidar.
Lewandoski, não. Permaneceu e permanece firme, impávido, em defesa do Estado de
Direito.
Não é fácil fazer o que fez esse portento de
coragem e decência. O grupo social que esses ministros freqüentam é impiedoso,
medíocre e, não raro, truculento. E se pauta exclusivamente pela mídia.
Os aplausos fáceis que Joaquim Barbosa auferiu
com suas cada vez mais evidentes pretensões político-eleitorais jamais
seduziram Lewandowski, que desprezou o ouro dos tolos e ficou ao lado da
verdade.
Convido, pois, os leitores deste blog a
escreverem suas homenagens ao ministro Lewandowski, as quais lhe serão
enviadas, com vistas a se contrapor aos ataques rasteiros e covardes que ele
vem sofrendo.
Fonte
– Brasil 247
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