Por
zanuja castelo branco
Por Simone
de Moraes
O jurista Celso
Antônio Bandeira de Mello desmentiu nota publicada na na edição 2.287 da
revista Veja informando que ele estaria redigindo um manifesto criticando a
atuação dos ministros do STF no julgamento do mensalão.
Leia a
declaração de Celso Antônio Bandeira de Mello.
Uma
notícia deslavadamente falsa publicada por um semanário intitulado “Veja” diz
que eu estaria a redigir um manifesto criticando a atuação de Ministros do
Supremo Tribunal Federal no julgamento da ação que a imprensa batizou de
mensalão e sobremais que neste documento seria pedido que aquela Corte
procedesse de modo “democrático”, “conduzido apenas de acordo com os autos” e
“com respeito à presunção de inocência dos réus”. Não tomei conhecimento
imediato da notícia, pois a recebi tardiamente, por informação que me foi
transmitida, já que, como é compreensível, não leio publicações às quais não
atribuo a menor credibilidade.
No caso,
chega a ser disparatada a informação inverídica, pois não teria sentido
concitar justamente os encarregados de afirmar a ordem jurídica do País, a
respeitarem noções tão rudimentares que os estudantes de Direito, desde o
início do Curso, já a conhecem, quais as de que “o mundo do juiz é o mundo dos
autos” – e não o da Imprensa – e que é com base neles que se julga e que,
ademais, em todo o mundo civilizado existe a “presunção de inocência dos réus”.
É esta a
razão pela qual, sabidamente, indiciados não são apenados em função de meras
conjecturas, de suposições ou de simples indícios, mas tão somente quando
existirem provas certas de que procederam culposa ou dolosamente contra o
Direito, conforme o caso. Pretender dizer isto em um manifesto aos Ministros do
Supremo Tribunal Federal seria até mesmo desrespeitoso e atrevido, por implicar
suposição de que eles ignoram o óbvio ou que são capazes de afrontar noções
jurídicas comezinhas. Nenhum profissional do Direito experimentado, com muitos
anos de profissão, cometeria tal dislate. É claro que isto pode passar
desapercebido a um leigo ao preparar noticiário, mas não convém que fique sem
um cabal desmentido, para que os leitores não sejam enganados em sua boa-fé.
Fonte – Blog do Nassif
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