Brasil 247 – Nos próximos
dias, em paralelo com o julgamento da Ação Penal 470, o Supremo Tribunal
Federal também terá de se pronunciar num caso que envolve o procurador-geral da
República, Roberto Gurgel. Isso porque a Advocacia-Geral da União, comandada
por Luís Inácio Adams, candidato a uma vaga na corte, apresentou recurso para
que ele possa vir a ser investigado pelo Conselho Nacional do Ministério
Público (CNMP).
O caso teve início quando o senador Fernando Collor
(PTB/AL) entrou com representações contra Gurgel no CNMP, acusando-o de
engavetar as investigações contra o ex-senador Demóstenes Torres – no que o
próprio Demóstenes concordou – e de também usar o cargo para extrair vantagens
pessoais, uma vez que concentra em suas mãos processos contra réus que têm a
prerrogativa do foro privilegiado. Vinte anos depois do seu próprio impeachment,
Collor tem sido claro e diz que quer o impeachment de Gurgel.
Para não ter sua conduta investigada pelo CNMP, Gurgel
recorreu ao Supremo Tribunal Federal e seus argumentos foram acolhidos pela
ministra Rosa Weber. Ela sustentou que não cabe ao CNMP tratar do
procurador-geral da República, mas a AGU afirma que não há equiparação entre o
Ministério Público e o Judiciário.
O recurso deve ser julgado nos próximos dias e se for
acolhido pelos ministros do STF, Gurgel também passará para o banco dos réus.
Alguém aposta nessa possibilidade?
Fonte – Brasil247
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