24 de setembro de 2012

Mídia jura que não é golpista. Hilário!



Por Altamiro Borges

A nota assinada por seis partidos políticos (PT, PMDB, PSB, PCdoB, PDT e PRB), denunciando uma nova ofensiva golpista no país, irritou os barões da mídia e seus serviçais. Em editorial ontem (22), a Folha afirma já no título que o texto é “ridículo”. A Veja, que até agora não publicou a entrevista com o Marcos Valério acusando Lula de ser “o chefe do mensalão”, também atacou a nota dos líderes partidários. E cheirosos “calunistas”, como Merval Pereira e Eliana Cantanhêde, tentaram desqualificar o pronunciamento.
A Folha – a mesma que apoiou o golpe militar de 1964, cedeu suas peruas para o transporte de presos políticos e aliou-se aos generais “linha dura” – jura que não é golpista. Para o jornal da famiglia Frias, a nota foi escrita por “um bando de políticos unidos pelo apego ao poder”. Já a Veja – que inventou várias entrevistas, produziu capas mentirosas e aliou-se à máfia de Carlinhos Cachoeira – garante que o texto revela o desespero dos governistas. Quanto aos “calunistas”, eles são hilários – para não dizer patéticos!

Urgência da regulação da mídia

Eliane Cantanhêde, aquela da “massa cheirosa” do PSDB, corre em defesa dos demotucanos e da sua mídia e diz que a nota é “hilária”. Para ela, a oposição, “tão mirrada”, não tem força para “promover um golpe à la Getúlio e à la Jango”. Haja inocência ou marotagem. Foi exatamente por não ter forças, escorraçada pelas urnas, que a direita udenista orquestrou inúmeros golpes na história do Brasil, sempre com o auxílio dos barões da mídia. No desespero, a direita sempre atentou contra a democracia – no passado e no presente!
A reação da mídia golpista evidencia que o alerta dos seis partidos foi correto. A nota até foi branda e saiu com certo atraso. Ela devia exigir que a CPI do Cachoeira convocasse os chefões da Veja para apurar suas relações com o crime organizado. Podia até ter criticado o governo Dilma por alimentar cobras, repassando milhões em anúncios para veículos partidarizados. E podia também cobrar do governo o imediato debate sobre a regulação dos meios de comunicação, já que a ditadura midiática coloca em risco a democracia!

Fonte – Blog do Miro

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