21 de setembro de 2012

Dilma confirma Delcídio e desmente “espanto” citado por Joaquim Barbosa




Parte importante dos jornalistas mais conceituados do Brasil tem chamado a atenção, nas últimas semanas, sobre a seguida quebra de ritos e procedimentos cometidos pelo ministro relator da Ação Penal 470, a do assim rotulado “mensalão”, Joaquim Barbosa. Na sessão desta quinta-feira (20/09), o ministro incorreu novamente na quebra da normalidade ao citar o suposto “espanto” da presidenta Dilma Rousseff, então ministra das Minas e Energia, pela rapidez com que foi aprovada a Medida Provisória (MP) que deu origem ao novo sistema elétrico nacional.
O primeiro reparo ao ministro relator pode ser encontrado nos jornais desta sexta-feira (21/09), por meio da imprensa, mais precisamente, na coluna Painel, da Folha de S. Paulo. Nela, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) refuta frontalmente o comentário do ministro relator Joaquim Barbosa sobre o “espanto” da então ministra pela rapidez com que o Congresso aprovou a MP do novo sistema elétrico.
Relator da MP que instituiu o novo sistema - em lugar do anterior que havia levado o Brasil aos apagões de 1997 e 2001 – Delcídio esclareceu ao jornal que a celeridade da aprovação na medida – além do trauma deixado pelos dois apagões – ocorreu porque governo e oposição negociaram os termos da MP para viabilizar o quanto antes as ações de governo. Para o senador, o “espanto” de Dilma deve-se a acréscimo do próprio ministro do STF, para tentar convencer seus pares de que houve compra de votos para a aprovação da MP. “’Essa informação é equivocada. Não há nada no relatório da CPI que ligue a MP à compra de votos’, diz o petista”, reproduz a Folha de S. Paulo.
A nota oficial de Dilma
Horas mais tarde, a própria presidenta Dilma Rousseff emitiu nota oficial do Palácio do Planalto para “esclarecer” o que ela disse como testemunha arrolada da Ação Pena 470.
Dilma não quer deixar “sombra de dúvidas” sobre o que disse, enfatiza a nota, lembrando ainda que sua manifestação ao comentário de Joaquim Barbosa segue “os princípios do absoluto respeito que marcam as relações entre os Poderes Executivo e Judiciário”. 
“Surpresa, conforme afirmei no depoimento de 2009 e repito hoje, por termos conseguido uma rápida aprovação por parte de todas as forças políticas que compreenderam a gravidade do tema. Como disse no meu depoimento, em função do funcionamento equivocado do setor até então, ‘ou se reformava ou o setor quebrava. E, quando se está em situações limites como esta, as coisas ficam muito urgentes e claras’”.

Leia abaixo a integra da nota:
 A nota emitida pela Presidente Dilma encontra-se em Post anterior.


Fonte – PT no Senado

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