24 de setembro de 2012

Noblat viu um gatinho na nomeação de Zavascki para o STF




Na coluna “Miau! Miau! Miau!”, jornalista do Globo estranha a rapidez na indicação de Teori Zavascki para o STF, ainda que ele tenha dito que não vai julgar o mensalão

247 – Indicado para o Supremo Tribunal Federal pela presidente Dilma Rousseff, o juiz Teori Zavascki garante que não irá participar do julgamento da Ação Penal 470, mas, por via das dúvidas... convém desconfiar. É o que sugere o jornalista Ricardo Noblat, do jornal O Globo, na sua coluna “Miau! Miau! Miau!”, desta segunda-feira.
Sim, tal qual o personagem Piu-Piu, dos desenhos animados, Noblat acha que viu um gatinho na escolha-relâmpago de Zavacski. “Tem rabo de gato. Focinho de gato. Olhos de gato. Pelo de gato. Mia como um gato. Mas está longe de ser um gato, segundo a malta dos que nada veem demais na escolha em tempo recorde do ministro Teori Zavascki para a vaga do ministro Cesar Peluzo no Supremo Tribunal Federal (STF). E também na pressa com que estão sendo tomadas as providências para que ele assuma o cargo o mais rapidamente possível...”, diz o jornalista.
Noblat desconfia em função da rapidez no processo de escolha e também por que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) se dispôs a relatar o caso com presteza. O colunista afirma ainda que o juiz “tem fama de homem sério” e “não se prestaria a ser peão de jogada política” com o objetivo de adiar a conclusão do processo. Mas ele ressalta que o ex-presidente Lula está furioso com a “independência” de Joaquim Barbosa e satisfeito com o “bom comportamento” de Ricardo Lewandowski.
Na mesma coluna, o jornalista também toma como verdadeiras as supostas acusações de Marcos Valério contra Lula e diz que a hipótese de golpe contra o ex-presidente (levantada aqui no 247) só aos ignorantes impressiona. “Digam lá: em que parte do mundo civilizado já se ouviu falar de ameaça de golpe contra um ex-presidente? Golpeia-se presidentes; ex, não”, argumenta.
Ao contrário de Noblat, acreditamos que há, sim, um movimento organizado para colocar o ex-presidente Lula em posição de impedimento, com a ameaça de um processo judicial ancorado em acusações que ainda não se provaram (foram negadas pelo próprio “entrevistado”), evitando, assim, que ele volte a concorrer em 2014 ou 2018.

Fonte – Brasil247

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