Ao associar seu nome ao de figuras como Gilmar
Mendes e Joaquim Barbosa, ela dá adeus ao eleitorado progressista que poderia
ver nela uma opção em 2014.
Marina está abatendo a si própria antes de
sequer levantar vôo.
Dois passos recentes foram particularmente
desastrosos para quem tem, ou tinha, a ambição de fisgar um eleitorado de
esquerda e centro-esquerda insatisfeito com o PT.
O primeiro foi um vídeo, divulgado ontem, no
qual ela associa seu nome ao de Gilmar Mendes, uma das figuras mais rejeitadas
do país.
No vídeo, ela agradece a Gilmar por ter evitado
dificuldades para a criação da Rede, o partido com o qual ela pretende disputar
a presidência em 2014 – desde que sejam alcançadas as 555 000 assinaturas
requeridas.
Bater palmas para Gilmar, amplamente detestado
pelo eleitorado progressista, é um erro colossal. Associar-se a ele é o
equivalente, em termos eleitorais, a associar-se a José Serra.
O segundo passo foi tão autodestrutivo quanto o
primeiro. Marina marcou um encontro com Joaquim Barbosa, também ele um anátema
para os progressistas.
Marina não ganha nada com o encontro: Barbosa
jamais apoiaria um projeto que pudesse remotamente favorecer o partido que ele
tratou com rigor avassalador – e cheio de buracos, pelo que os fatos vão
mostrando — no julgamento do mensalão.
Se não lucra nada, Marina perde muito ao
vincular sua imagem à de JB, outro personagem que causa repulsa ao eleitores
progressistas.
Parece aquela propaganda da Gilette, em que a
barba desaparecia com uma dupla lâmina, em que a primeira fazia tchan e a
segunda tchantchantchantchan.
As aspirações presidenciais de Marina podem ter
se encerrado aí. Gilmar faz o tchan e JB o tchantchantchantchan – e adeus
votos.
Fonte
- diariodocentrodomundo
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