Diretor do Diário do
Centro do Mundo, Paulo Nogueira diz que "Marina Silva faleceu
politicamente hoje, 15 de maio, vítima de si própria"; "Morreu
abraçada ao irmão evangélico Marco Feliciano", completa
247 -
Marina Silva teria morrido politicamente ao sair em defesa do
deputado Marco Feliciano (PSC-SP) nesta quarta-feira, analisa o diretor do
Diário do Centro do Mundo, Paulo Nogueira. Leia a análise:
Paulo Nogueira
O fim patético de uma candidatura que surgiu
como promessa de renovação.
Marina Silva faleceu politicamente hoje, 15 de
maio, vítima de si própria.
Morreu abraçada ao irmão evangélico Marco
Feliciano.
RIP.
As três linhas acima resumem o fato político
mais importante do dia.
Num erro de avaliação impressionante, Marina
Silva, numa viagem ao Recife, tomou a defesa de Feliciano.
Disse que ele estava sendo atacado, em boa
parte, por ser evangélico.
Vou repetir.
Disse que ele estava sendo atacado, em boa
parte, por ser evangélico.
Ora.
Feliciano, desde que irrompeu do anonimato, tem
repetido barbaridades homofóbicas e racistas em sucessivas e despudoradas odes
à intolerância e ao fanatismo.
Quando já achávamos que ele tinha esgotado o
estoque de obscurantismo agressivo, eis que aparece um vídeo no qual ele diz
que Deus assassinou John Lennon porque não gostou de uma coisa que Lennon
disse.
E com todo esse passivo brutal de posições que
fazem mal à sociedade, Marina consegue dizer que a rejeição a Feliciano se
funda mais na religião que na obra do pastor.
"Quando penso em certas coisas que disse,
invejo os mudos", escreveu Sêneca, o grande filósofo estoico da
Antiguidade romana.
Eis uma frase que cabe em Marina.
Para quem num certo momento surgiu como
esperança de renovação política, não poderia haver desfecho mais patético do
que falecer na bizarra defesa do que existe de mais vulgar, mais mistificador e
mais atrasado na política brasileira, o pastor Feliciano.
Fonte – Brasil247
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