Presidente do STF já
apontou sua metralhadora contra os próprios colegas, a quem distribuiu
bordoadas, contra os advogados, que, segundo ele, acordam tarde, contra os
jornalistas, que chafurdam no lixo, contra os donos de jornais, que são de
direita, contra os seus colegas da magistratura, que só pensariam em
privilégios, e, agora, contra o Congresso e os partidos políticos. Apesar de
tudo, ele continua protegido pela imprensa que o alçou ao posto de herói
nacional. Será que o Brasil precisa de mais um salvador da pátria? E se ele age
assim com tanta gente, imagina com os réus, a quem deve julgar com isenção...
247 -
Dia sim, dia também, Joaquim Barbosa, que se comporta como justiceiro, e não
como juiz, muito menos como presidente do Supremo Tribunal Federal e chefe
momentâneo do Poder Judiciário, prossegue em sua onda de ataques a quem
encontra pela frente.
"BatBarbosa", uma espécie de Batman
moderno, escolheu, desta vez, o Congresso Nacional e disse que sua crítica foi
um mero "exercício intelectual", feito numa sala de aula. Ainda que o
ministro tenha o direito de externar suas opiniões, elas revelam uma visão de
mundo perigosa para um ser humano que tem como algumas de suas missões julgar
réus com isenção e respeito, zelar pela Justiça e contribuir para o equilíbrio
entre poderes.
Recordando, Barbosa já cometeu agressões em
série contra seus próprios colegas de Supremo Tribunal Federal (leia mais aqui). Eros Grau já foi chamado de
"velho caquético", Gilmar Mendes foi acusado de comandar
"capangas" e de "destruir a Justiça no Brasil" e Ricardo
Lewandowski, este nem se fala. Durante o julgamento da Ação Penal 470, foi
acusado até de obstrução de justiça e de se comportar como advogado de defesa.
Em relação à advocacia, têm sido também
constantes as agressões. Barbosa já falou de um suposto "conluio"
entre juízes e advogados e, mais recentemente, afirmou que os profissionais da
classe acordam por volta de 11h – logo ele, que foi flagrado dormindo durante
sessões do julgamento e que tirou licenças quase que ininterruptas quando o STF
não despertava tanta atenção midiática.
Juízes também não foram poupados. Num ato
calculado, Barbosa atraiu sorrateiramente os presidentes das associações de
classe para a presidência do STF e tentou passar um pito coletivo, como se
fosse superior aos demais magistrados, acusando-se de agir de forma
"sorrateira" na aprovação dos novos tribunais regionais federais.
Em relação à imprensa, ele já agrediu o
jornalista Felipe Recondo, do Estado de S.Paulo, a quem acusou de chafurdar no
lixo. Tudo porque ele investigava as mordomias do STF, como os gastos com
passagens aéreas (leia mais aqui) e com as
reformas executadas pelos ministros, como o próprio Barbosa fez em seu banheiro
(leia mais), com gastos de R$ 90 mil. Depois
disso, o ministro pagou, com recursos do STF, uma viagem de jornalistas à Costa
Rica e acusou os donos dos veículos de serem "de direita".
O ataque mais recente foi dirigido ao Congresso
Nacional e não ficou sem resposta. Segundo o presidente da Câmara dos
Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a declaração foi
"desrespeitosa". O vice, André Vargas (PT-PR), disse que Barbosa
"não está preparado para o cargo".
Apesar de todas as demonstrações recentes de, no
mínimo, desequilíbrio emocional, BatBarbosa continua sendo protegido pela
imprensa que o alçou ao posto de herói nacional. No caso dos novos tribunais,
Veja, por exemplo, afirmou que Barbosa estava coberto de ira e de razão. Na
agressão ao jornalista do Estadão, a própria casa dos Mesquita não teve a
dignidade de defender publicamente seu profissional. Hoje, é Eliane Cantanhêde,
na Folha, quem também dá razão a Barbosa.
Tudo isso ocorre, evidentemente, porque ele
cumpriu um papel: o de liderar a condenação de adversários políticos de uma
imprensa que, cada vez mais, se comporta também como um partido político.
Mas o preço da exaltação e da proteção a
BatBarbosa se torna cada vez maior.
Fonte
– Brasil247
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