Por Conceição Lemes
Em 31 de maio de 2011, os deputados estaduais de
Minas Gerais Rogério Correia (PT) e os colegas Luiz Sávio de Souza Cruz e
Antônio Júlio, ambos do PMDB, foram a Brasília.
Entregaram pessoalmente ao procurador-geral da
República, Roberto Gurgel, representação denunciando o senador Aécio
Neves (PSDB) e a irmã dele, Andrea Neves, por ocultação de patrimônio e
sonegação fiscal (detalhes AQUI).
Gurgel fez questão de ir com os parlamentares
até o setor de protocolo da Procuradoria Geral da República (PGR). Aí, a
representação recebeu o número 1.00.000.006651/2011-19.
Em 17 de fevereiro de 2013, o Viomundo publicou
esta reportagem:“Se o Gurgel não abrir inquérito contra o Aécio estará
prevaricando”.
Fazia 22 meses e 17 dias que a representação
contra Aécio e a irmã estava na gaveta do procurador-geral.
Esta semana esta repórter contatou a
assessoria de imprensa da PGR para saber se havia alguma novidade sobre a
representação.
Resposta da assessoria da imprensa ao Viomundo:
“O processo continua sob análise do PGR”.
Ou seja:
1. Hoje, 31 de maio de 2013, faz dois anos que a
representação contra Aécio e Andréa Neves está na gaveta de Gurgel.
2. Faz lembrar a representação do ex-senador
Demóstenes Torres, que dormiu lá por mais de dois anos.
3. Fica cada vez mais evidente a parcialidade e
o partidarismo do procurador-geral da República. Enquanto as ações contra
integrantes do Partido dos Trabalhadores andam rápido, as contra os opositores
do PT se arrastam, isso quando não são arquivadas quase de pronto.
“A representação que entregamos há dois anos
ficou escondida esse tempo todo na gaveta de Gurgel”, condena Correia. “O
procurador está deixando o cargo em menos de dois meses sem abrir inquérito
para averiguar as denúncias nem dar qualquer explicação à sociedade. Ao que
tudo indica terá prevaricado para proteger Aécio e o PSDB.”
“Mas a máscara do senador Aécio Neves está
caindo”, afirma Correia. “O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG)
confirmou o andamento de duas ações importantes que o envolve. Em uma, ele é
réu. Deve responder pelo desvio de R$ 4,3 bilhões de verba da
saúde.”
Fonte – Blog Viomundo
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